O Município de Montadas, esta situado na porção central do
Agreste Paraibano, entre 7° 05’ 16” de latitude
sul (S) e 35° 57’ 32” de
longitude oeste (O/W), estando a uma altitude média de 750 metros acima do nível do mar. Igualmente com a cidade de
Cuité dividem ambas cidades o título de cidades as mais altas do agreste paraibano; sendo assim, a 5ª mais Alta da Paraíba e a 49° do Brasil (junto com Cuité). Fato que lhe confere um clima especial, com maior umidade do que as regiões adjacentes e de clima
semi-árido. Trata-se de um Município de pequena extensão que tem como limites, ao Norte o Município de
Areial, ao Sul
Puxinanã, a Nordeste
Esperança, Leste
Lagoa Seca e a Oeste
Pocinhos.
A via de acesso ao município é feita pela
PB-121, que liga o município à comarca Esperança-PB, tendo como via de acesso à cidade de
Areial (ao Norte) e ao maior centro de comércio e economia da região
Campina Grande, via a cidade de
Puxinanã (ao sul) através da
PB-115. Hoje essa mesma a estrada
PB-115 que liga Montadas a Puxinanã chama-se
Rodovia Antonio Veríssimo de Souza, em homenagem ao Emancipador da cidade de Montadas.
O nome Montadas foi dado pelos vaqueiros que campeavam com o seu gado esta região, por motivo que aqui havia muitos matos fechados e espinhosos como jurema, malícia, cipoal, gravatais, jucuri, comati entre outros.
O gado se perdia e os vaqueiros não conseguiam encontrá-los. Eles alegavam que o gado tinha ficado amontoados na Montada, que era um pequeno tanque de água fechado pela mata densa, onde o gado matava a sede. Hoje esse mesmo local é dividido em duas propriedades, uma parte ficando no sítio do Sr. Álvaro José Custódio (Alvino) e a outra no sítio do Sr. Edmilson Avelino Gomes.
Devido a erros históricos de alguns, chegaram a consideram como nome dessas terra as expressões:
Amontada,
Amontado, ou ainda
Montado, embora todas errôneas, pois a etimologia correta sempre foi
Montada. O Então o Distrito de Montada passou a ser a cidade de Montadas, ganhando um acréscimo de um (S) na sua
independência.
Em
1902, o Sr. Antonio Flor de Araújo comprou, no local onde hoje existe a cidade de Montadas, uma légua de terra, ao Capitão Floripes Coutinho, pela qual ele pagou 200 mil
réis. Nesse período essas terras pertenciam ao município de
Campina Grande.
Em
1917, ele a vendeu a Manoel Cirino Lira, com 12 vacas de bezerro e 60 criações caprinas; por 01 conto de réis. No mesmo ano, Manoel Cirino Lira funda a vila de Montada, o fundador que tendo comprado essas terras doou-as: parte aos seus familiares e parte ao patrimônio religioso, isto é, ao
Sagrado Coração de Jesus, primeiro padroeiro da comunidade.
No ano de
1925 o mesmo construiu sua residência, onde na mesma mandou celebrar a 1° Missa da comunidade. O Monsenhor João Coutinho distribui naquela missa o catecismo da
Igreja Católica, aos primeiros habitantes, principalmente as crianças que lá havia. Durante um período de 06 anos foi-se celebrado missas na casa do Sr. Manoel Cirino Lira.
Em
1928, deu-se início a construção de uma capela neste localidade, num período de 02 anos suas obras ainda não estavam concluídas. Mesmo assim, teve sua 1ª Missa celebrada no dia de
Natal, do ano de
1930.
Em 1º de agosto de
1928, chegou a essas terras a primeira 1ª professora, a Freira D. Auta de Araújo, que aqui lecionou durante 05 anos. Foi ela que plantou as primeiras sementes do saber nesta terra. Ela também foi professora do Emancipador da cidade, o Sr.
Antonio Veríssimo de Souza.
Logo mais em
1931, termina-se a construção da capela sobre qual ficou exposta por ordem do vigário da paróquia.
No ano de
1934, o Pe. Manoel Costa trouxe para a capela da
vila de Montada o bronze circular e mudou o padroeiro, de
Coração de Jesuspara
São José, o qual veio em procissão da comunidade de
Pocinhos (
atual cidade de Pocinhos).
Quando o Sr. Manoel Cirino Lira comprou as terras onde hoje se localiza a cidade de Montadas, essas terras pertenciam ao município de
Campina Grande. Em
Janeiro de
1944, o prefeito da cidade de Campina Grande, Dr.
Vergniaud Borborema Wanderley doou as terras ao então município de
Esperança, onde junto com o prefeito de Esperança, Sebastião Vital decretaram sob lei a doação.
Em
1945 o Sr. Sebastião Flor de Araújo coloca
Montada na sua primeira eleição, para decidir que seria o presidente do país.
No ano de
1947, o prefeito constitucional da cidade de
Esperança Júlio Ribeiro da Silva, eleva a
vila de Montada à categoria de
distrito.
Limitado-se: ao Norte começando na Boca de Lagoa Salgada com destino a Lagoa de Marcella, por uma fluvial estrada que desde Catolé a Marcella em Manguape de baixo, ao Leste pela a estrada de Marcella a Campinote, ao Sul pela estrada fluvial e de transporte de
São Sebastião de Lagoa de Roça a Lagoa do Açude, onde é o ponto de linha mais forte, por esta estrada este se limita ao Maxixe até o município de
Puxinanã, de Maxixe até Maris Preto, com ele ainda é dividido ao Oeste com o Município de
Pocinhos, pela estrada do Maris Preto a Lagoa de Dentro, até Lagoa Salgada ao Norte onde tudo começou.
Em
1948 o Governador
Gaspar Dutra construiu um grupo escolar no ainda Distrito de Montada, com efeito do então prefeito da cidade de Esperança o Sr. Júlio Ribeiro da Silva.
Em
1951 disputaram as eleições na cidade de Esperança, Joaquim Virgulino da Silva, em litígio pleito contra Francisco Bezerra da Silva onde este venceu. Também na mesma eleição o distrito de Montada coloca um representante de seus direitos, na
Câmara Municipal de Esperança, o Sr.
Antonio Veríssimo de Souza, eleito vereador com 249 votos pelo
PSD (
Partido Social Democrático).
Em 12 de agosto de
1955 o senhor Antonio Veríssimo de Souza consegue se reeleger para a alegria do povo Montadense. Montadas continua com seu representante junto a Câmara Municipal.
No ano de
1959 em Esperança candidata-se para prefeito Pedro Mendes na
UDN (
União Democrática Nacional) contra o Dr. Arlindo Delgado pelo PSD (
Partido Social Democrático) Antonio Veríssimo de Souza consegue o seu 3º mandato como vereador ficando na terceira suplência o candidato que nomeava José Cirino, o Sr. Antonio Liberato, seu genro e interventor correspondente ao seu mandato.
No dia 10 de dezembro de
1959, D. Josefa Tavares distinta parteira, foi nomeada parteira estadual, e no dia 7 de
janeiro foi empossada prestando seu compromisso de parteira diplomata.
Em
1963,
Antonio Veríssimo de Souza deixou de se candidatar a vereador, em se aventurar deixar passar esta eleição para
prefeito, faturando o seu pensar, na então na emancipação de seu distrito. Nessa eleição em Esperança lutavam dois candidatos a prefeito, numa marcha aventureira Joaquim Virgulino da Silva e Luiz Martins de Oliveira onde este foi eleito prefeito com 1601 votos superiores. O Sr. Antonio Liberato consecutivo interventor ao partido derrotado onde na Câmara Municipal foi eleito vereador.
Para Montada se emancipar, pelos relatos oculares tais quais o próprio
Antonio Veríssimo de Souza e outros homens daquele período que ainda se encontram vivos mencionaram, eram necessário para a independência do município, o mínimo de três ruas, o que foi ruim, pois Montada não tinha as mesmas. Tinha apenas uma rua longa, que a mesma se dividia em uma segunda rua, fazendo assim uma parábola.
Usando de sabedoria o Sr. Antonio Veríssimo de Souza dividiu uma única rua que é a
PB-115 ligando a saída de Montadas para Areial com a saída de Montadas a Puxinanã em três ruas começando com a
Rua Manoel Cirino Lira, em homenagem ao fundador da cidade;
Rua Monsenhor Coutinho; a mais estreita das três, que é em homenagem ao primeiro padre honorário, e a
Rua Manoel Pedro da Silva. A rua fazendo forma de parábola com a Manoel Cirino Lira e Monsenhor Coutinho recebeu o nome do padroeiro da cidade
São José. Por trás da Rua principal Manoel Cirino Lira, onde na época avia apenas umas 4 (quatro) casinhas de taipa recebeu o nome de
Rua João da Costa Brasil.
Com muitos esforços, e sacrifício o Sr.
Antonio Veríssimo de Souza conseguiu o sonho dos montadenses, a Emancipação Política em 14 de outubro de
1963 pela Lei Estadual
Nº 3088 do mesmo dia, assinada pelo Governador
Pedro Moreno Gondim, com o apoio do Deputado Estadual Francisco Souto Neto. Com a emancipação o Sr. Antonio Veríssimo de Souza pediu ao então Governador para que a agora a então cidade, não se chama-se
Montada, mais sim
Montadas por motivo do próprio crer que a pronúncia no singular fosse muito vulgar. Então o Governador concordou e acrescentou um "
S" passando assim para o plural
Montadas.
Foram eles: Manoel Cirino Lira (o fundador), José Veríssimo de Souza (pai do emancipador), Manoel Pedro dos Santos, Inácio Fernandes. Eram homens dedicados a
agricultura e a
pecuária, de baixa renda e de formação inicialmente baixa.
Após 25 dias depois da emancipação, exatamente no dia 8 de novembro de 1963, Montadas nomeou o seu primeiro prefeito interino, o Sr. Geraldo José Custódio conhecido como (Didi) que assinou seu termo de posse na cidade de Montadas.
No dia 10 de outubro de 1964 os únicos candidatos na 1ª eleição da cidade foram,
Antonio Veríssimo de Souza como Prefeito e Antonio da Costa Brasil como Vice-prefeito, ambos pelo
PDC(Partido Democrata Cristão). Além deles foram eleitos 07 vereadores: Manoel Fernandes, Cícero Sales, Anastácio Custódio, José Felinto, Antonio José da Costa, José Balbino e João Pedro, também todos pelo PDC Recebendo posse no dia 15 de novembro de
1964 e levando o mandato até 31 de janeiro de 1969.
Presentes a esta audiência estavam o
deputado estadual Francisco Souto Neto, o Sr. Severino Cabral, o Sr. Francisco Apolinário, prefeito da cidade de Areial, o Sr. Luiz Martins de Oliveira, prefeito da cidade de Esperança, José Veríssimo de Souza e a maioria das famílias montadenses da época.
INTERINAMENTE – Geraldo José Custódio | 8 de novembro de 1963 | 14 de novembro de 1964. |
01ª Gestão - Antônio Veríssimo de Sousa | 15 de novembro de 1964 | 31 de janeiro de 1969. |
02ª Gestão - Luís Avelino Gomes | 31 de janeiro de 1969 | 15 de janeiro de 1973. |
03ª Gestão - Antônio Veríssimo de Sousa | 15 de janeiro de 1973 | 31 de janeiro de 1977. |
04ª Gestão - Antonio Joaquim da Silva | 31 de janeiro de 1977 | 31 de janeiro de 1983. |
05ª Gestão - Antônio Veríssimo de Sousa | 31 de janeiro de 1983 | 01 de Janeiro de 1989. |
06ª Gestão - Inácio Porto | 01 de Janeiro de 1989 | 31 de dezembro de 1992. |
07ª Gestão - José de Arimatéia Souza | 01 de janeiro de 1993 | 31 de dezembro de 1996. |
08ª Gestão - Lindembergue Souza Silva | 01 de janeiro de 1997 | 31 de dezembro de 2000. |
09ª Gestão - José de Arimatéia Souza | 01 de janeiro de 2001 | 31 de dezembro de 2004. |
10ª Gestão - José de Arimatéia Souza | 01 de janeiro de 2005 | 31 de dezembro de 2008. |
11ª Gestão - Lindembergue Souza Silva | 01 de janeiro de 2009 | 31 de dezembro de 2012. |
12ª Gestão - Jairo Herculano de Melo | 01 de janeiro de 2013 | 31 de dezembro de 2016 |
13ª Gestão - Jonas de Souza | 01 de janeiro de 2017 | 31 de dezembro de 2020 |
Referências