25 de outubro de 2015

A Comunidade Indigena do Brasil Pré-Cabralino

1. O TERMO ÍNDIO:
 o termo índio nasceu de- um engano histórico: ao desembarcar na América, o navegador Cristóvão Colombo chamou seus habitante de índios, pois pensava ter chegado às Índias.
- Outras designações para o habitante da América pré-colombiana: aborígine, ameríndio, autóctone, brasilíndio, gentio, íncola, “negro da terra”, nativo, bugre, silvícola, etc.
 O termo índio designa quem habitava e ainda habita
- as terras que receberiam o nome de América.

2. DIVERSIDADE CULTURAL:
 Os diferentes povos indígenas do Brasil (Pindorama ou
- Piratininga), a exemplo dos demais índios da América, tinham maneiras próprias de organizar-se: diferentes modos de vida, línguas e culturas.

3. NAÇÕES INDÍGENAS:
+ Classificação: baseada em critérios lingüísticos.
• Tupi: litoral.
• Jê ou Tapuia (Macro-Jê): Planalto Central.
• Nuaruaque: bacia Amazônica.
• Caraíba: norte da bacia Amazônica.

4. ORGANIZAÇÃO SOCIAL:
• Regime de Comunidade Primitiva
 Igualdade social.
-
 Relação coletiva com a terra.
-
 Divisão do trabalho por sexo e idade.
-
 Socialização das técnicas de
- produção.
 Distribuição igualitária.
-
 Pequeno desenvolvimento
- tecnológico.
 Produção voltada para o autoconsumo.
-
 Era muito pequena
- a produção de excedente.
 tribo
- aldeia (taba) - Habitação: malocas (ocas) -  nação.-
 Casa comunal
9
 Nomadismo e semi-nomadismo.
-
 Atividades
- econômicas: caça, pesca coleta e agricultura.
 Instrumentos rudimentares.
-
 Pajé.
Ò Religião: politeísta -
- Política: chefe de maloca – Conselho - chefe da aldeia (principal cacique ou morubixaba).
 A guerra tinha muita
- importância e era fonte de prestigio e elevação de status.
 Costumes:
-
-coivara: queimada.
-couvade: resguardo do pai da criança.
-antropofagia: ritual.
-dar presentes: generosidade na distribuição de bens.
-casamento: poligênico (o homem ter mais de uma mulher) e poliândrico (mulher casada com vários homens).

O DESCOBRIMENTO DO BRASIL

1. PEDRO ALVARES CABRAL:
 Navegador
- português.
 A esquadra enviada por D. Manuel, rei de Portugal, às Índias,
- tinha como objetivo estabelecer uma sólida relação comercial e política com os povos do Oriente.
 22 de abril de 1500: Cabral oficializa a posse de
- Portugal sobre o Brasil.
 O Descobrimento do Brasil fez parte de um
- processo mais amplo de Expansão marítima, comercial e territorial realizada pelos europeus no início da Idade Moderna, ou seja, o descobrimento do Brasil e sua colonização devem ser analisados como uma etapa do desenvolvimento comercial europeu.
 O Descobrimento foi fruto da expansão ultramarina realizada pela
- burguesia européia, marcando uma etapa do desenvolvimento comercial europeu.
 Brasil.
¾ Terra de Santa Cruz ¾ Ilha de Vera Cruz ¾ Nomes: Monte Pascoal -
• Controvérsias sobre o descobrimento:
+ casualidade ou intencionalidade?
+ descobrimento ou conquista ou encontro de culturas ou achamento?

PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530)
1. CONCEITO:
 Período (1500-30) em que Portugal não se
- interessa pela efetiva colonização do Brasil em função deste não preencher os seus interesses mercantilistas (metais e comércio).

2. MOTIVOS DO DESINTERESSE DE PORTUGAL PELA COLONIZAÇÃO:
 Os portugueses não
- encontraram, no Brasil, sociedades organizadas com base na produção para mercados.
 O Brasil não oferecia metais preciosos nem produtos para o
- comércio.
 A crise demográfica portuguesa.
-
 Portugal estava
- concentrado em torno do comércio Oriental.

3. CARACTERISTICAS:
 Durante esse período Portugal limitou-se a enviar para o Brasil
- expedições de reconhecimento e de defesa e iniciou a extração do pau-brasil.

4. EXPEDIÇÕES EXPLORADORAS:
• Gaspar de Lemos (1501).
• Gonçalo Coelho (1503).
+ objetivos: fazer o reconhecimento geográfico e verificar as possibilidades de exploração econômica da nova terra descoberta.
+ resultados: denominação dos acidentes geográficos e constatação da existência de pau-brasil.

5. EXPEDIÇÕES GUARDA-COSTEIRAS:
• Cristóvão Jacques (1516-1526).
+ objetivos: policiar o litoral e expulsar os contrabandistas.

6. EXPLORAÇÃO DO PAU-BRASIL:
 Primeira atividade econômica portuguesa no Brasil:
- exploração e comércio da madeira de tinturaria.
 Atividade extrativa,
- assistemática e predatória.
 uma limitação ao
Ò Estanco: monopólio régio - exercício de uma atividade econômica, salvo o seu desempenho pela Coroa ou a quem esta delegasse.
 Escambo: tipo de relação de trabalho onde há troca de
-  o corte e o transporte da madeira eramÒserviço/mercadoria por outra mercadoria  feitos pelos indígenas, que, em troca, recebiam bugigangas.
 Feitorias:
- eram os depósitos que armazenavam as toras de pau-brasil.
não geraram povoamento.

O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO (1530)

1. MOTIVOS:
 A
- constante e crescente presença francesa no litoral do Brasil: ameaça a posse portuguesa.
 A decadência do comércio das Índias: problemas financeiros.
-
 A descoberta de metais preciosos na América Espanhola (Peru): ?!
-

2. A EXPEDICÃO COLONIZADORA DE MARTIM AFONSO DE SOUSA (1530):
• Objetivo: lançar os fundamentos da ocupação efetiva da terra, estabelecendo núcleos de povoamento (povoar a terra, defendê-la, organizar sua administração e sistematizara a exploração econômica: colonizar).
 Colonizar: ocupar um região para explorá-la economicamente.
-
• Ação colonizadora:
 Instalação do primeiro núcleo de povoamento português no
- Brasil: a vila de São Vicente (1532).
 Implantação da primeira unidade
- produtora de açúcar no Brasil: O Engenho do Senhor Governador ou São Jorge dos Erasmos. (1533).
 Introdução das primeiras cabeças de gado.
-
 João
- Ramalho fundou Santo André da Borda do Campo.
 Brás Cubas fundou Santos.
-

ADMINISTRAÇÃO COLONIAL

1. SIGNIFICADO:
+ a organização político-administrativa do Brasil - Colônia estava calcada na divisão territorial em Capitanias, no estabelecimento dos Governos Gerais e na criação das Câmaras Municipais e atendia as necessidades inerentes à relação Metrópole-Colônia:
 Promover a ocupação territorial do Brasil
- através do povoamento.
 Evitar gastos supérfluos com o envio de
- funcionários da Metrópole para a Colônia.
 Possibilitar a efetivação do
- interesses mercantilistas metropolitanos.
Defender a colônia dos ataques e
- invasões das potências rivais.

1. CAPITANIAS HEREDITÁRIAS (1534):
• Objetivo: acelerar a efetiva colonização do Brasil transferindo para particulares os encargos da colonização.
• Funcionamento: Portugal buscava atrair os interesses de alguns nobre portugueses pelo Brasil, dando a eles direitos e poderes sobre a terra e transformando-os em donatários das capitanias.
• Documentos:
+ Carta de Doação: estipulava a concessão da capitania ao donatário.
+ Foral: determinava os direitos e deveres dos donatários e funcionava como um código tributário.
 Os donatários recebiam
- poderes políticos, judiciários e administrativos de que lhes advinham vantagens econômicas.
 Fundação de vilas, concessão de sesmarias, redízima (1/10) das
- rendas da Coroa, vintena (5%) sobre o valor do pau-brasil e da pesca, cobrança de tributos sobre todas as salinas, moendas de água e engenhos (só podiam ser construídos com a sua licença).
• Características:

 Processo de colonização descentralizado: sistema-  político-administrativo descentralizado.
 Os donatários recebiam as
- capitanias não como proprietários, mas como administradores (posse).
 As
- capitanias eram hereditárias, indivisíveis, intransferíveis e inalienáveis.
 Os donatários deveriam arcar com as despesas da colonização.
-
 O
- Brasil foi dividido em capitanias hereditárias (grandes lotes de terras) entre a donatários.
 Para fins administrativos, a capitania no Brasil se dividia em
- comarcas, as comarcas em termos, e os termos em freguesias.
 Sistema
- utilizado por Portugal nas suas ilhas atlânticas: Açores, Madeira e Cabo Verde.
• Capitanias que prosperaram:
 São Vicente (Martim Afonso de Sousa):
-  devido ao fracasso da lavoura de exportaçãoÒauxílio da Coroa Portuguesa  (distância da metrópole e concorrência nordestina) foi lentamente regredindo para uma lavoura de subsistência.
 Pernambuco (Duarte Coelho): excelente
- administração, aliança com os índios, financiamento do capital flamengo (holandês) e desenvolvimento do agromanufatura açucareira.
• Fracasso do Sistema:
+ Fatores:
 As dificuldades encontradas na empresa de
- colonização.
 A falta de recursos dos donatários (inviabilidade da
- colonização baseada exclusivamente no capital particular).
 A
- descentralização (se chocava com os interesses do Estado absolutista português).
 Os ataques dos índios.
-
 A distância da metrópole.
-
 A falta de
- comunicação entre as capitanias.
 A má administração e a falta de interesse
- dos donatários.

2. GOVERNO GERAL (1548):
• Motivo:  falta de recursos e descentralização.
Òo fracasso do sistema de Capitanias 
• Objetivos: centralizar a administração e dar apoio e ajudas as capitanias.
• Características:
 As capitanias não foram extintas: com o tempo as
- capitanias foram passando para o domínio real, porque Portugal ou as confiscava por abandono, ou as comprava dos herdeiros. Contudo, a última capitania só desapareceu em 1759, por determinação do marquês de Pombal.
 Os donatários
- passaram a prestar obediência ao governador-geral.
 O governador era o
- representante do rei na colônia.
• Documento:
+ Regimento de 1548: conjunto de leis que determinava as funções administrativa, judicial, militar e tributária do governador-geral.
• Assessores:
 Ouvidor-mor: Justiça.
-
 Provedor-mor: Finanças (negócios da Fazenda).
-
 Capitão-mor: defesa da
- costa.
 Alcaide-mor: chefe da milícia.
-
• Governadores-gerais:
+ Tomé de Sousa (1549-53):
 A Bahia foi transformada em Capitania Real do
- Brasil e passou a ser sede do Governo Geral.
 Fundação da primeira cidade
- (Salvador).
 Fundação do primeiro bispado do Brasil.
-
 Fundação do
- primeiro colégio.
 Incentivo à agricultura e à pecuária.
-
 Alguns
- jesuítas vieram chefiados por Manuel da Nóbrega.
+ Duarte da Costa (1553-58):
 Conflito com o bispo Pero Fernandes Sardinha.
-
 Invasão
- francesa no Rio de Janeiro: fundaram a França Antártica (1555).
 Fundação
- do Colégio de São Paulo (25.01.1554): José de Anchieta e Manuel da Nóbrega.
+ Mem de Sá (1558-72):
 Fundação da cidade de São Sebastião do Rio de
- Janeiro (01.03.1565): Estácio de Sá.
 Expulsão do franceses em 1567.
-
- Reunião dos índios em missões (reduções).

3. CÂMARAS MUNICIPAIS:
+ responsáveis pela administração dos municípios (cidades e vilas): pelourinho.
 Conservação das ruas, limpezas da cidade e
- arborização.
 Construção de obras públicas: estradas, pontes, calçadas e
- edifícios.
 Regulamentação dos ofícios, do comércio, das feiras e mercados.
-
 Abastecimento de gêneros e cultura da terra.
-
+ representavam o poder local (o verdadeiro poder político colonial): o poder dos proprietários de  os “homens bons”.
Òterras, de engenhos e de escravos 
+ composição: almocatéis (fiscalizavam o cumprimento da lei), procurador (representante judicial), vereadores (“homens bons”) e um juiz (ordinário ou de fora).
+ atuaram principalmente no Nordeste açucareiro.
+ tiveram seus poderes reduzidos a partir de 1642 com a criação do Conselho Ultramarino: centralização administrativa.

4. DIVISÕES ADMINISTRATIVAS DO BRASIL:
 Luis de Brito
Ò Governo do Norte: sede em Salvador ;
 1572
-
 Antonio Salema.
Ò Governo do Sul: sede no Rio de Janeiro 9
 1578:
- unificação com Lourenço da Veiga.
 1580-1640: a estrutura
- político-administrativa do Brasil colonial sofreu mudanças com a ascensão dos Felipes ao trono português:
 Estado do Maranhão: sede em São Luis, mais
; tarde transformado em Estado do Grão-Pará e Ma-
 1621 ranhão, com sede em- Belém.
 Estado
do Brasil: sede em Salvador e, a partir de 1763, com sede no
9 Rio de Janeiro.
 1774: nova unificação.
-

5. ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA:
+ a administração eclesiástica acompanhou no Brasil Colonial a própria evolução administrativa da Colônia:
 A criação de
- capitanias, comarcas e freguesias eram acompanhadas pela criação de prelazias, dioceses e paróquias.
 A Igreja Católica teve papel relevante no processo
- de colonização.
 A catequização do índio pelos jesuítas e a utilização dos
- silvícolas como mão-de-obra nas propriedades da Companhia de Jesus.
 O
- ponto fundamental dos confrontos entre os padres jesuítas e os colonos referia-se à escravização dos indígenas e, em especial, à forma de atuar dos bandeirantes, e, no norte da Colônia, também devido à exploração das “drogas do sertão”.
 Os jesuítas pretendiam criar uma teocracia na América Latina e
- monopolizar o controle dos indígenas.
 Os jesuítas, intimamente
- relacionados com a expansão européia e a realidade colonial, foram expulsos de Portugal e do Brasil no reinado de D. José I (na época do ministro Marquês de Pombal).
+ o projeto missionário e catequizador dos jesuítas:
 Os
- jesuítas atuaram em duas frentes: o trabalho missionário com os índios e a educação com a fundação dos colégios.
 A legitimação da espoliação e da
- fraternidade cristã.
 A simbiose da alegoria cristã e do pensamento
- mercantil.
 O ardor da diplomacia cristã, mistura de veemência e
- ambigüidade.
 Os caminhos violentos e sedutores da pedagogia missionária.
-
+ Educação:
 Na Educação, através das Ordens Religiosas, a Igreja
- monopolizou as instituições de ensino até o século XVIII.
 A Companhia de
- Jesus foi instrumento fundamental para a evangelização das colônias americanas:a evangelização e a catequese.
 O ensino desenvolveu-se influenciado pela
- cultura religiosa do colonizador.
 Não conseguiram dissociar a
- evangelização do processo colonizador luso-brasileiro.
 Os jesuítas
- procuraram aprender as línguas indígenas.
 Os jesuítas pretenderam divulgar
- a fé, formando novos súditos tementes a Deus e obedientes ao rei.
 Os
- jesuítas catequizavam os indígenas e educavam os índios e colonos.
Os
- jesuítas exerceram um papel de grande importância em relação à educação dos filhos dos grandes proprietários de escravos e terras até sua expulsão. Sua presença foi tão significativa que seus colégios constituíram-se enquanto marcos da ação colonizadora portuguesa na América.
 Os jesuítas fundaram vários
- colégios.
 Contribuíram para amenizar as tensões entre indígenas e colonos.
-
 Os jesuítas tinham por objetivo promover a Igreja Católica e, para isso,
- acabaram por alterar a cultura indígena: a aculturação dos indígenas, à medida que a colonização portuguesa se consolidava,.
 Quanto à escravidão, tanto
- os jesuítas quanto a Igreja Católica, no período colonial, se limitavam ao repúdio às torturas e aos maus tratos, não havendo, porém, questionamento da escravidão enquanto instituição: as desigualdades terrenas são reconhecidas pelos jesuítas, que elegem como espaço de julgamento o fórum divino.
 O
- negro foi excluído da catequese e do processo de educação porque existia a crença de que o negro não tinha alma.

A ECONOMIA AÇUCAREIRA (SÉC. XVI E XVII)

1. O ANTIGO SISTEMA COLONIAL:
 Sistema de dominação da metrópole sobre a colônia: conjunto de
- relações políticas, econômicas, sociais, ideológicas e culturais.
 Um
- conjunto de normas e leis que regulam as relações metrópole-colônia principalmente no campo econômico.
• Pacto Colonial:
 Relação de
- domínio exclusivo do comércio colonial pela metrópole: monopólio.
 Também
- chamado “regime do exclusivo colonial”, denomina o sistema de monopólio comercial e controle econômico imposto pelas metrópoles suas colônias nos Tempos Modernos (capitalismo comercial/mercantilismo).
+ O Sentido da Colonização:
 O monopólio do comércio das colônias pela metrópole define o sistema
- colonial, porque é através dele que as colônias preenchem sua função histórica de produzir riquezas para o maior desenvolvimento econômico da metrópole: a colonização toma o aspecto de uma vasta empresa comercial destinada a explorar os recursos das colônias em proveito do comércio europeu.
 Monopólio:
-
- as colônias são áreas complementares da economia metropolitana.
- as colônias só podem comerciar com a metrópole: só podiam vender seus produtos para o grupo mercantil metropolitano.
- as colônias não podem ter fábricas e são obrigadas a consumirem os produtos manufaturados da metrópole.
- as colônias só podem produzir o que a metrópole não tem condições de fazer, nunca concorrer com ela.
- as colônias devem produzir em larga escala, a baixos custos e com o máximo de lucratividade.

2. A COLONIZAÇÃO DE BASE AGRÍCOLA:
 Colonização como desdobramento da expansão marítima e comercial
- européia.
 A agricultura foi o recurso encontrado para a exploração do
- litoral brasileiro.
 A colonização foi organizada em torno do cultivo da
- cana-de-açúcar.
 Valorização econômica das terras.
-
 Passou-se do
- âmbito da circulação de mercadorias para o da produção.
 Com a empresa
- açucareira Portugal solucionava o seu problema de utilização econômica das suas terras americanas e o Brasil se integrava, como fonte produtora, aos mercados consumidores europeus.
 A colonização como instrumento de acumulação de
- capital na Europa.

3. MOTIVOS DA ESCOLHA DO AÇÚCAR:
 Existência de mercados consumidores na Europa.
-
 A participação
- holandesa no financiamento, refino e distribuição do produto.
 A
- experiência portuguesa.
 A qualidade do solo (massapê) e as condições
- climáticas.

4. EMPRESA AÇUCAREIRA:
 Estrutura de
- empresa comercial exportadora.
 Empresa de base agrícola destinada à
- exploração econômica e a colonização do litoral brasileiro, principalmente o nordestino (principal centro produtor).
 O engenho: unidade de produção
-  exigia grandesÒ(moenda, casa-grande, senzala, capela, canaviais)  investimentos.
 Tipos de engenho: os reais, movidos à água, e os trapiches,
- que utilizavam tração animal.
 Nordeste: principal centro produtor (PE e
- BA).
 Trabalhadores livres: mestre do açúcar, feitor, lavradores
- contratados.
 Grupo flutuante formado de mestiços, mamelucos, rendeiros e
- agregados.
 A montagem da empresa açucareira obedeceu ao sistema de
- plantation.
• Plantation:
+ sistema de produção:
 Monocultura:
- especialização na produção de um artigo de real interesse no mercado europeu.
 Escravismo: utilização de numerosa força de trabalho compulsória
- (escrava): índia, depois negra.
 Latifúndio: grande propriedade de terra.
-
 Dependência externa: havia uma total ausência de autonomia dos produtores
Ò e a economia ficava atrelada ao mercado europeu e inteiramente voltada para o mercado externo.

5. SOCIEDADE COLONIAL AÇUCAREIRA:
 Uma sociedade caracterizada pelo caráter predominante do
- trabalhador escravo, base da economia colonial e do prestígio do grande proprietário.
 Uma sociedade conservadora, patriarcal, escravista, rural
- (agrária).
 O engenho era o centro dinâmico de toda a vida colonial e onde
- a pouca vida urbana era mero prolongamento da vida rural.
 Uma organização
- social intimamente articulada à propriedade e à riqueza.
+ início do processo de miscigenação entre os três grandes grupos étnicos responsáveis pela formação da sociedade colonial brasileira: o índio americano, o branco europeu e o negro africano.
 Mulato: mestiço de branco com negro.
Ò
 Mameluco
Ò (caboclo): mestiço de índio com branco.
 Cafuzo: mestiço de negro com
Ò índio.

6. A ESCRAVIDÃO:
+ Motivos da utilização da mão-de-obra escrava:
 A plantation exigia uma grande quantidade de
- trabalhadores.
 Crise demográfica portuguesa.
-
 A inviabilidade da
- utilização da mão-de-obra branca, devido à sua escassez e ao seu custo.
 Os
- trabalhadores europeus não se sentiam atraídos em trabalhar na colônia: difíceis condições de trabalho.
 Os lucros proporcionados pelo tráfico de escravos.
-
• Escravidão Indígena:
 Os índios foram utilizados como escravos no
- início da economia canavieira, contudo, demonstrou-se incompatível com a produção açucareira e foram substituídos pelos negros africanos.
 Motivos
Ò da substituição do índio pelo negro na grande lavoura açucareira:
 A
- imposição de um trabalho disciplinado, vigiado, forçado, ordenado, dinâmico, organizado e metódico chocou-se com a cultura indígena.
 A alta
- lucratividade operada pelo tráfico negreiro, que, para ser mantida, necessitava manter a escravidão negra.
 Conseqüências da Escravidão e da Colonização
Ò sobre os Índios:
 Massacre de milhares de índios.
-
 Ocupação de suas
- terras.
 O contato do branco europeu com a comunidade indígena destruía a
- cultura do índio.
 Desestruturação do sistema produtivo e das instituições
- indígenas.
 Mortalidade em função de doenças contraídas dos brancos
- europeus.
 Áreas Periféricas:
Ò
 O escravismo indígena ocorria
- principalmente em áreas muito pobres, onde os colonos não tinham recursos para comprar escravos negros: São Vicente e Maranhão.
• Escravidão Negra:
- Os negros foram introduzidos no Brasil a fim de atender às necessidades do colono branco, dos grupos mercantis e da Coroa Portuguesa.
+ Formas de Aquisição do Negro na África:
 Caça, captura e aprisionamento.
-
 Compra
- de africanos ao chefes locais (ciobas): muitas tribos africanas passaram a escravizar outras para vendê-las aos traficantes em troca de bugigangas (vidro, facões, panos, fumo, rapadura, cachaça).
+ Tráfico Negreiro:
 Navios
- negreiros (tumbeiros).
 Banzo.
-
 Marcados com ferro.
-
 Os negros
- (peças do gentio da Guiné) eram embarcados geralmente em Angola, Moçambique e Guiné e desembarcados em Recife, Salvador e Rio de Janeiro.
+ Grupos :
- Sudaneses: oriundos da Nigéria, Daomé, Costa do Ouro (Ioruba, Jejes, Fanti-ashantis)
 Bantos: divididos em dois grupos (angola-congoleses e
- moçambiques).
 Malês: sudaneses islamizados.
-
+ Resistência do Negro a Escravidão:
 Evitando a reprodução.
-
 Suicidando-se.
-
 Matando
- feitores e capitães-do-mato.
 fugindo.
-
 formando quilombos.
-
+ Quilombos:
 comunidades negras formadas por escravos que fugiam dos seus
- senhores e passavam a viver em liberdade.
 Quilombo
dos Palmares:
Ò
- localizava-se no atual estado de Alagoas.
- o número de habitantes do quilombo cresceu durante a invasão holandesa em Pernambuco.
- produziam e faziam um pequeno comércio com as aldeias próximas.
- simbolizava a liberdade e, por isso, era uma atração constante para novas fugas de escravos.
- representava uma ameaça a ordem escravocrata.
- líder: Zumbi.
- em 1694, foi destruído pelo paulista Domingos Jorge Velho, contratado pelos senhores nordestinos.

Guerra no Afeganistão

A nação afegã é formada por uma série de etnias que mantêm rivalidades entre si: 50% da população é constituída pelos patãs, 30% são tradjiques, além de outra parte em que se incluem usbeques, turcomanos e beluques. Em termos religiosos, 90% são muçulmanos sunitas e 9%, xiitas.
Por se expandir em uma área ampla dos continentes asiático e africano, o islamismo se dividiu em xiitas e sunitas. As divergências entre essas duas seitas referiam-se, basicamente, a quem deveria suceder Maomé após sua morte; contudo, o tempo foi mostrando outras diferenças entre elas: os sunitas passaram a aceitar com mais facilidades as transformações pelas quais o mundo passou e vem passando, enquanto os xiitas se mostraram avessos a elas, tornando-se defensores intransigentes dos fundamentos da fé islâmica.
A população, de maneira geral, é resistente aos invasores, sendo que gerrilhas atuam, há muito tempo no páis, recebendo ajuda financeira externa. No período da Guerra Fria, os russos aspiraram dominar a região para controlar o acesso ao Golfo Pérsico. Do outro lado, os Estados Unidos buscavam controlar a expansão soviética, apoiando as ações das guerrilhas. Internamente, o país passou por várias transformações, salientando-se o golpe militar que em 1973 derrubou a monarquia no país e o de 1978 que conduziu os comunistas ao poder. Ao mesmo tempo que se instalava o governo de esquerda, a oposição crescia, além da forte presença e atuação dos xiitas, influenciados pela Revolução Islâmica do Irã.
O governo instalado não foi capaz de conter as insurreições freqüentes, ocorrendo, então, a ajuda da URSS e depois dos americanos, sob o governo do presidente Ronald Reagan. A China também enviou auxílio no sentido de reforçar os movimentos contrários à expansão do regime soviético. A URSS despendeu grandes somas de recursos e soldados para garantir seu domínio sobre as principais cidades, mas não foi capaz de deter o movimento das guerrilhas.
Em 1988, após as transformações realizadas pelo líder soviético Mikhail Gorbatchev, os representantes da URSS, EUA, Afeganistão e Paquistão (que atuava junto aos americanos) reuniram-se em Genebra para a realização de um acordo sobre a questão afegã.
Pelo tratado firmado, o Paquistão e o Afeganistão comprometeram-se a não interferir nos assuntos internos um do outro; a URSS retiraria suas forças militares da região e os governos, americanos e soviéticos, aceitariam as cláusulas do acordo.
   Apesar dos esforços, a guerra continuou entre governo e guerrilheiros. Estes, por sua vez, lutaram com obstinação superando os exércitos das potências estrangeiras. O prolongamento do conflito trouxe desgaste à população civil, vítima de violência progressiva.

Grandes Guerras - Guerra entre Palestinos e Judeus

Grandes Guerras - Guerra entre Palestinos e Judeus

Desde a época em que os romanos destruíram Jerusalém, na Palestina, em 70 d.C., os judeus que ali viviam dispersaram-se pelo mundo (diáspora), mas mantiveram-se unidos pelas mesmas tradições religiosas. Sofrendo inúmeras e sistemáticas perseguições ao longo dos séculos, os judeus europeus sempre alimentaram a idéia de um regresso à pátria. Com base nessa idéia, em 1897, um congresso reuniu israelitas de várias partes do mundo e fundou o Movimento Sionista, cujo o objetivo principal era a criação de um Estado judeu na Palestina. Ajudados por esse movimento, milhares de judeus migraram para a Palestina e lá passaram a adquirir terras dos palestinos e a estabelecer colônias agrícolas.
Quando o nazismo (que era anti-semita) se consolidou na Europa, esse movimento migratório se intensificou e, como era de se esperar, começaram na região uma série de atritos entre os judeus e os árabes que habitavam o território palestino. Em 1947, dois anos do fim da Segunda Guerra -- na qual pareceram quase 6 milhões de judeus --, a ONU aprovou a divisão da Palestina em dois Estados: um judeu, com 10 mil km², e outro árabe, com 11.500 km².Em 15 de maio de 19483 os judeus liderados por David Ben Gurion fundaram o Estado de Israel. Mas, para isso, expulsaram milhares  de palestinos de suas vilas e aldeias, obrigando-os a se refugiarem nos países árabes vizinhos.Tinha início, assim, a "questão palestina". O êxodo forçado dos palestinos deu origem a uma série de sangrentas guerras entre árabes e israelitas. As principais aconteceram em 1956, 1967 e 1973. Com a ajuda dos Estados Unidos, os israelitas venceram esses conflitos e expandiram suas fronteiras ocupando territórios do Egito, da Síria e da Jordânia. Os palestinos, porém, continuaram sem pátria. Dispostos a lutar pela criação de um Estado Palestino, diversos chefes de Estados árabes criaram, em 1964, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) que, anos depois, passou a ser chefiada por Yasser Arafat, líder palestino de projeção internacional. Durante duas décadas, aproximadamente, a OLP procurou alcançar seus objetivos praticando e estimulando a violência conta o Estado de Israel. Este, por sua vez, revidava com a mesma moeda. No final de 1988, no entanto, Arafat declarou pela primeira vez que, atendendo a pedido da ONU, a OLP reconhecia a existência  do Estado de Israel. Desde então, apesar dos extremistas judeus e árabes e do interesse dos grupos econômicos que se alimentam da guerra, o conflito árabe-israelense evoluiu para uma solução negociada. Finalmente, em 13 de setembro de 1993, depois de 46 anos de guerras, Arafat e o primeiro-ministro de Israel, Itzhak Rabin, assinaram em Washington um tratado de paz. Nos últimos dias podemos ver, que as cláusulas do acordo não estão sendo compridas, após o atentado de 11 de setembro de 2.001 aos Estados Unidos, intensificaram novamente a Guerra de Palestinos x Israelitas ou Judeus.
Hino da Proclamação da República

Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!


Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, avante, da Pátria no altar!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!


Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!


Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!


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