24 de maio de 2015

Pai

Pai


Quantas e quantas noites em claro acalentando meu choro...
Quantas vezes ajudou-me com os deveres da escola mesmo depois de um dia de trabalho exaustivo...
Ensinou-me que o mais importante na vida é o crescimento interior..
Cultivar amigos sempre...
Buscar sempre o que desejar, porque tudo se torna possível quando se tem vontade e coragem para lutar...
Quando achava que o mundo inteiro estava errado e contra mim, você, com a sabedoria de um mestre encontrava as mais belas palavras para me fazer entender a verdade...

Quando te deixei, jamais esquecerei das suas palavras dizendo: filha lembre-se sempre que você tem duas casas...
Para tudo, Pai, deu-me base e estrutura de conhecimento, sobretudo a como agradecer as pessoas por menor que fosse o seu gesto...

Mas você, meu pai, esqueceu de me ensinar como posso lhe agradecer por tudo isso! Entendo que agora estou crescida precisarei aprender sozinha. Portanto vou começar a aprender a agradecer você com as palavras fluidas do meu coração: PAI, obrigada pela vida, pela atenção, por me fazer enxergar a verdade, a aceitar o que sou e buscar meus objetivos. E principalmente OBRIGADA por ter me dado a oportunidade de ser um pedacinho de você e por ser um pedaço de mim. Amo-te mais do que possa imaginar, e saibas que também sempre terás duas casas, sendo uma delas em meu coração...

Obrigado, mamãe!

MAMÃE, já perdi as contas das noites que fico acordada pensando em tudo que você me fez, mesmo quando estava na cama daquele hospital que foi nossa casa durante seis meses, você se preocupava comigo.
Eu não tinha coragem para lhe agradecer pela minha vida, personalidade, agradecer pela pessoa que você fez eu ser, carinhosa, meiga, honesta, humilde, eu sou isso porque eu cresci tendo uma pessoa assim ao meu lado, olhando sempre para uma mãe que foi maravilhosa e que tinha um jeitinho especial e carinhoso de resolver as coisas.
Bom, estou aqui hoje diante de tantas e tantas pessoas para agradecer à você por todo carinho e atenção, em especial te agradeço por você ter se esforçado para sobreviver à aquele enfermidade maligna que afastou você de mim, se esforçou até o ultimo momento sabia que um minutinho a mais comigo significava muito para você.
Você me falou que se existisse alguma forma de ficar comigo que você ficaria, então se esta forma existe você esta vendo esta carta... engraçado, sempre nas dificuldades sinto sua presença, pode até ser a saudade que esteja me enlouquecendo, mas isso não importa o que importa é que você significa na minha vida.
Vou confessar uma coisa muitas e muitas vezes cheguei pertinho de você para dizer TE AMO mas sempre deixava para o outro dia acreditava que teria você para sempre, como me arrependo, se o tempo voltasse juro que ia gritar para todo mundo ouvir TE AMO, TE AMO, TE AMO...
Quero agradecer-lhe também pelas broncas e conversas sérias que teve comigo eu achava que era besteira sua, preocupação de mãe, hoje sei o quanto foi importante para mim ser chamada à atenção quando fazia algo que achava que era certo.
Te agradeço por ter confiado em mim, acreditado que eu mesmo sozinha , sem você, iria conseguir vencer, tudo que sou e tenho devo a Deus e a você.
Foi tudo como você falou, encontrei na minha vida vários obstáculos eu encontrei espinhos, pedras, muros altíssimos, e até me decepcionei com pessoas que juravam ser minhas melhores amigas, porém seguir teu exemplo e não desistir... por isso conseguir vencer.
OBRIGADO MAMÃE, por você ter me preparado tão bem para enfrentar este mundo tão mau.




Obrigada por você existir

Obrigada por você existir


Obrigada...
Obrigada por você existir...

Você...
uma criatura linda que Deus colocou em meus caminhos...
De início não entendi, bem ao certo, hoje sei que você faz parte da minha vida, simplesmente porque divide comigo todos os momentos, alegrias, tristezas, ganhos, perdas, me abraça quando precisa, me dá uma dura quando preciso...

Você...
Você é uma amiga especial...
Uma jóia preciosa que jamais encontrarei em outro lugar...
Quero guardar-te sempre em meu coração...
Aliás, como sairá de lá, se já tem um lugar essencial, que jamais poderei tirar?
Amiga...
você é simplesmente alguém que me ensinou a ver a vida com outros olhos, deu rumo as minhas perturbações, encheu de alegria meus dias, ofereceu-me seu ombro amigo, sem pedir nada, simplesmente minha amizade.

Obrigada...
Não tenho nada que possa recompensar ter uma amizade tão linda assim...
Apenas digo obrigada...

Meu tesouro

Meu tesouro

Ele conquista a todos com seu jeitinho doce;
A pureza é uma de suas maiores características;
É meigo e amável;
Seus cabelos pretos e finos como pluminhas
entram em perfeita harmonia com a cor clara de sua pele,
que ao toque é macia e delicada.
Seus olhos arredondados e ainda sem cor definida, acinzentados no momento,
são dois pontinhos brilhantes
que carregam toda a inocência característica das crianças.
O narizinho achatado e pequenininho
ainda está se acostumando aos variados cheiros deste mundo.
Sua boca ainda sem dentes com de lábios finos e rosados
é no momento a coisa mais importante de sua vida,
pois é através dela que se comunica com o mundo.
Seu sorriso discreto é algo magnífico, apesar de não dar gargalhadas,
transmite muita alegria e paz de espírito
através de seus pequenos olhinhos.
A harmonia de seus traços resulta
em um rosto lindo e rechonchudo
que com sua chupeta de cor azul, amarela e vermelha
observa o mundo e as pessoas que o rodeiam.
Seu pescoço é muito cheiroso e adora um cafunezinho;
As mãos gordas, com unhas tão pequenas
ainda não aprenderam a pegar objetos,mas
já sabem tocar com delicadeza e ternura o seio ao mamar.
Seus pés são largos e frágeis, com dedos longos,
e nem sabem o quanto são úteis,
mas a cada dia novas descobertas acontecem e o quão
lindo é observar o desabrochar de uma vida
Seu corpo é coberto por uma lanugem
que o deixa parecer um ursinho.
É tão frágil que se torna dependente,
mas aos poucos vai descobrindo
como é a vida fora do útero.
Enfim, juntando todas as suas partes formamos o todo
de uma "pessoinha" muito especial que é meu filho,
um ser iluminado que veio fazer parte da minha vida e
enriquecer minha existência.
Carrego ele no coração e no pensamento
aonde quer que eu vá , onde quer que eu esteja!



Lenbrança de Morrer

Lenbrança de Morrer

Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça a dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lagrima
Em pálpebra demente.

E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adorme ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste pensamento.

Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
(...)

Só levo uma saudade - é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas
De ti, ó minha mãe! Pobre coitada
Que por minha tristeza te desfinhas!
(...)

Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecidos,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Elson Santos da Silva - 1983 à ...,
Foi poeta - Sonhou - E amou a vida

Então eu vos direi: Muito Obrigado!!!



Floquinho

Floquinho

Havia aldeia pequena onde o dinheiro não entrava.
Tudo o que as pessoas compravam, tudo o que era
cultivado e produzido por cada
um, era trocado.
A coisa mais importante, a coisa mais valiosa, era a Amizade.
Quem nada produzia, quem não possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos,
ou utensílio, dava seu CARINHO.

O CARINHO era simbolizado por um floquinho de algodão.
Muitas vezes, era normal
que as pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca. As pessoas davam seu CARINHO pois sabiam que receberiam outros num outro momento ou outro dia.


Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia, convenceu um pequeno garoto a não mais dar seus floquinhos.

Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade e teria o que quisesse.

Iludido pelas palavras da malvada, o menino, que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar CARINHOS e em pouquíssimo tempo sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil de circular dentro dela.

Daí então, quando a cidade já estava praticamente sem floquinhos, as pessoas
começaram a guardar o pouco CARINHO que tinham e toda a HARMONIA da cidade desapareceu.
Surgiram a GANANCIA, a DESCONFIANÇA, o primeiro ROUBO, o ODIO, a DISCORDIA,
as pessoas se XINGARAM pela primeira vez e passaram a IGNORAR-SE pelas ruas.


Como era o mais querido da cidade, o garoto foi a primeiro a sentir-se TRISTE
e SOZINHO, o que o fez o menino procurou a velha para perguntar-lhe e dizer-lhe
se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia.
Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão. Pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade distribuindo aleatoriamente
seu CARINHO. A todos que dava CARINHO, apenas
dizia: Obrigado por receber meu
carinho.

Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele distribuiu até o último CARINHO sem receber um só de volta.

Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinho e triste novamente, alguém caminhou até ele e lhe deu CARINHO. Um outro fez o mesmo...Mais outro...e outro...até que definitivamente a aldeia voltou ao normal.

MORAL DA ESTORIA: Nunca devemos fazer as coisas pensando em receber em troca.
Mas
devemos fazer sempre. Lembrar que um amigo existe é muito importante.

Muito mais importante do que cobrar dos outros que se lembrem de você, pois assim, você estará querendo acumular amizades sem fazer o seu
papel de amigo.

Receber CARINHO é muito bom. E o simples gesto de lembrar que um amigo existe é a forma mais simples de fazê-lo.



4 de maio de 2015

Capitanias Hereditárias


Capitanias Hereditárias
A colonização do Brasil, iniciada em 1530 com a expedição de Martim Afonso de Souza, não foi uma tarefa fácil. Em 1532, Martim Afonso fundou São Vicente, a primeira vila brasileira. No entanto, um único núcleo de povoamento na imensidade da costa não resolvia os problemas causados por navios franceses que vinham buscar pau-brasil.

Era necessário povoar rapidamente a região costeira, mas a Coroa portuguesa não dispunha na época de recursos humanos nem econômicos para colonizar, em curto prazo, o litoral brasileiro. Por isso, a partir de 1534, o governo português resolveu iniciar no Brasil um processo de colonização que já havia sido aplicado, com muito sucesso, na ilha da Madeira e nos Açores: a divisão da terra em capitanias. Dessa forma, a Coroa portuguesa pretendia ocupar o território brasileiro e torná-lo uma fonte de lucros.

As capitanias eram imensos lotes de terra que se estendiam, na direção dos paralelos, do litoral até o limite estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas. Esses lotes foram doados em caráter vitalício e hereditário a elementos pertencentes à pequena nobreza lusitana. Os donatários tinham de explorar com seus próprios recursos as capitanias recebidas.

Ao doar as capitanias, a Coroa portuguesa abria mão de certos direitos e vantagens, em favor dos donatários, esperando com isso despertar seu interesse pelas terras recebidas. A Carta de Doação e o Foral garantiam os direitos do capitão donatário.

  • Pertenciam-lhe todas as salinas, moendas de água e quaisquer outros engenhos da capitania.
  • Podia escravizar índios em número indeterminado, mas devia enviar 39 para Lisboa, anualmente.
  •  Ficava com a vigésima parte da renda do pau-brasil.
  • Podia criar vilas, administrar a justiça e doar sesmarias, menos para a esposa, para o filho mais velho e para judeus e estrangeiros. Sesmaria era uma extensão de terra que o donatário doava a quem se dispusesse a cultivá-la. Ao contrário da capitania, da qual o donatário não tinha a propriedade (mas apenas o uso), a sesmaria era propriedade do sesmeiro, após dois anos de real utilização
    O rei reservava para si algumas vantagens que, na verdade, lhe garantiam os melhores proveitos que a terra poderia oferecer;
  • dez por cento de todos os produtos da terra;
  •  vinte por cento (um quinto) das pedras e metais preciosas;
  •  monopólio do pau-brasil, das drogas e das especiarias.
    No Brasil, o sistema de divisão da terra em capitanias não deu bons resultados. A grande extensão dos lotes talvez a principal razão do insucesso. Sem recursos suficientes, os donatários só conseguiam fundar estabelecimentos precários na região costeria dos lotes que recebiam; não tinham condições de tentar a colonização do interior.
A enorme distância que separava as capitanias da metrópole, de onde vinham os recursos necessários para a sobrevivência dos núcleos iniciais, dificultava ainda mais a colonização.

As capitanias de São Vicente e de Pernambuco, apresentaram resultados melhores do que as outras. O sucesso dessas capitanias se deveu ao êxito da cultura canavieira e da criação de gado.

Com o passar do tempo, as capitanias foram revertendo ao governo português. No século XVIII, quando Portugal era governado pelo Marquês de Pombal, o sistema foi ttalmente extinto. Os limites das capitanias sofreram modificações, mas determinaram os contornos gerais das províncias do Império que se limitavam com o Atlântico; estas, por sua vez, deram origem aos Estados litorâneos do Brasil atual. Os estados do interior tiveram origem diferente.

Brasil Colônia - História do Brasil - Brasil Escola