11 de junho de 2012

Cabedelo


Cabedelo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Município de Cabedelo
Por-do-sol na Praia Fluvial do Jacaré

Por-do-sol na Praia Fluvial do Jacaré
Bandeira de Cabedelo
Brasão de Cabedelo
Bandeira Brasão
Hino
Aniversário 12 de dezembro
Fundação 12 de dezembro de 1956 (55 anos)
Gentílico cabedelense
Lema Urbs Nescia Vinci: A cidade que não sabe ser vencida.
Prefeito(a) José Francisco Régis (PDT)
(2009–2012)
Localização
Localização de Cabedelo
Localização de Cabedelo na Paraíba
Cabedelo está localizado em: Brasil
Localização de Cabedelo no Brasil
06° 58' 51" S 34° 50' 02" O06° 58' 51" S 34° 50' 02" O
Unidade federativa Paraíba
Mesorregião Zona da Mata Paraibana IBGE/2008 [1]
Microrregião João Pessoa IBGE/2008 [1]
Região metropolitana João Pessoa
Municípios limítrofes João Pessoa, Santa Rita e Lucena
Distância até a capital 15 km[2]
Características geográficas
Área 31,265 km² [3]
População 57 926 hab. (PB: 8º) – IBGE/2010[4]
Densidade 1 852,74 hab./km²
Altitude 3 m [5]
Clima Tropical (Quente e úmido)[2] Aw'
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,757 (PB: 2º) – médio PNUD/2000 [6]
PIB R$ 2 184 283,943 mil (BR: 194º) – IBGE/2008[7]
PIB per capita R$ 42 775,42 IBGE/2008[7]
Cabedelo é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na Região Metropolitana de João Pessoa. Tem uma área de 31,42 quilômetros quadrados (mais da metade da ilha de Manhattan), tendo uma forma singular, com 18 quilômetros de extensão (apenas 3,6 Km menor que Manhattan) por apenas 3 quilômetros de largura (pouco menos que a largura da ilha de Manhattan, com 3,7 Km de largura). Tem uma população de aproximadamente cinquenta mil habitantes. Em mapas holandeses do século XVII, aparecia como uma ilha por causa do rio Jaguaribe e Mandacaru que formam um estreito (pequena mesopotâmia) que antes se pensava conectado, parecido com o que ocorre com o rio Haarlem. Nesses mesmos mapas, os padrões com os mapas que representavam a Nova Amsterdam eram bem claros, pois os batavos construíram padrões de fortalezas similares e também preferiram a geodésia de um dos cantos da península (então tida como ilha pelos cartógrafos que conheciam mais a costa que o interior cheio de mata hostil e com esparsos caminhos) na transição entre o estuário e o mar.
Localiza-se bem próximo a João Pessoa, sendo que atualmente encontra-se conurbada com a capital paraibana e serve como uma cidade dormitório. A estrada de Cabedelo (BR-230) é a principal ligação entre as duas cidades. É o município mais rico do estado em pib per capita, pois possui um PIB superior a 2,2 bilhões nos dados actualizados de 2007, ou seja, mais da metade da economia campinense numa área muito menor e com população também bastante inferior. Possui um dos maiores PIBs proporcionais do Nordeste, do mesmo modo que cidades tais como Ipojuca e Guamaré (porém um porto de águas profundas em Lucena poderia fazer este último município ultrapassar Cabedelo neste quesito, por ser mais competitivo inclusive que outros portos de estados vizinhos).

Índice

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História

Fundada em fins do século XVI, na década de 1580, quando se edificou Cabedelo, esta pertencia ao município de João Pessoa. Através da Lei nº 283, de 17 de março de 1908, teve autonomia, ficando o povoado elevado à vila. Perdeu os foros de vila e município, por Lei Estadual nº 676, de 20 de novembro de 1928, a qual anexou o seu território ao município da Capital.
Em divisão administrativa de 1933 voltava a figurar como distrito do município de João Pessoa. Com a Lei Estadual nº 1631 de 12 de dezembro de 1956 mais uma vez voltava Cabedelo à categoria de município, compondo-se de um único distrito. Aquele diploma legal cria a Comarca, por desmembramento da Capital, cuja instalação do novo município estava prevista para 4 de abril de 1959 sendo, contudo instalado a 31 de janeiro de 1957.
É uma cidade que faz parte da Região Metropolitana de João Pessoa. Cabedelo é uma cidade portuária e fica numa península entre o Oceano Atlântico e o Rio Paraíba. Seu nome vem da expressão que significa "pequeno cabo". O Porto de Cabedelo é a entrada e saída comercial do Estado. É em Cabedelo que começa a BR 230, principal rodovia da Paraíba, e uma das maiores do Brasil, quando passa pela Região Norte do Brasil é conhecida como Rodovia Transamazônica.

Cultura

Um do ícones da cultura cabedelense é o Movimento de Música Popular de Cabedelo - MUSIPOC.

Geografia

Praia de Areia Vermelha.
O município está localizado na zona fisiográfica do litoral paraibano (93). Insere-se na unidade geoambiental dos Tabuleiros Costeiros[1]. Possuindo aproximadamente 15 quilômetros de costa com praias urbanizadas. Tendo ainda, toda costa estuário do rio Paraíba, onde parte destas praias se encontra em áreas de mangues. A Ilha da Restinga é parte integrante do município.
O clima é tropical chuvoso com verão seco, com temperatura máxima de 35°C e mínima de 22°C. As chuvas começam geralmente em abril e terminam em julho. A vegetação é bastante diversificada, apresentando a predominância de faixas de Mata Atlântica (floresta subperenefólia com faixas subcaducifólia), coqueirais e manguezais, bem como vegetação de transição cerrado/floresta[1]. Em relação ao Meio Ambiente Cabedelo está pedindo socorro, pois falta conscientização ambiental da população e dos órgão públicos.
Cabedelo está inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Paraíba, região do Baixo Paraíba. O principal curso d’ água é o Rio Mandacaru, todos com regime permanente[1].

Espaço urbano

Início da Transamazônica - BR-230 - Marco Zero, no Centro de Cabedelo, defronte ao Porto de Cabedelo.
O espaço urbano do município de Cabedelo encontra-se subdividido em cinco setores. Fazem parte do município de Cabedelo os distritos: Centro, Camboinha (1, 2 e 3), Renascer (Criado pela Lei 614/91 de 20 de Junho de 1991); Poço (Criado pela Lei 651/92 de 10 de Abril de 1992); e Intermares (Aprovação do loteamento na década de 80). Inicialmente, esse espaço era estruturado pelo centro, em torno da Fortaleza de Santa Catarina (século XVII), encaminhando-se para o bairro de Ponta de Mattos, por volta do século XVIII.
O espaço urbano de Cabedelo só veio a sofrer grandes alterações por volta da década de cinquenta, com os primeiros loteamentos aprovados. Passando o município a crescer rumo as praias do sul, tendo na década de oitenta a aprovação do loteamento Intermares.
Desde a criação do município até os anos 80, a tipologia das edificações era dominantemente unifamiliar com dois pavimentos. A partir da construção da Via Litorânea, houve a implementação de uma legislação urbana mais restritiva na capital. O perfil da ocupação do espaço urbano em Cabedelo começou a se modificar a partir dos anos 80, passando a predominar a verticalizacão das construções principalmente nas praias do litoral norte, com detalhe especial para o loteamento Intermares.
As regiões centro-oeste, leste e sudeste da península apresentam forte ascenção econômica e social (as atividades portuárias que dão a maior parte das receitas do município se concentram a noroeste). Já as regiões Norte, Nordeste e Sudoeste apresentam uma certa estagnação, já que houve aí uma migração desenfreada nos últimos anos da última década de outros municípios convergindo para lá. O crescimento das regiões mais ricas da cidade também foi baseado em migração, mas numa migração mais ordenada, geralmente de pessoenses da zona leste (mas também de muitos outros lugares), etc.

Demografia

A população total estimada em Cabedelo é de 53.000 (cinquenta e três mil) habitantes segundo o IBGE. Esta população aumenta durante o verão, chegando a atingir aproximadamente 80.000 (oitenta mil) habitantes, devido ao fluxo de turistas, veranistas e visitantes e até 200.000 pessoas durante o carnaval[carece de fontes?].

Meio ambiente

Há em Cabedelo reservas marinhas, Mata Atlântica e barreiras de corais.

Turismo e Urbanização

A principal fonte de turismo em Cabedelo são as praias, principal destino de férias da Paraíba, que possui mais de 10 km de praias. Na seção de praias, Cabedelo pode ser dividida em duas, a parte das praias de Intermares, Poço e Camboinha é muito verticalizada e o principal ponto de turismo são as praias cabedelenses mais próximas de João Pessoa, o Bairro de Intermares é o bairro mais rico da cidade com muitos prédios, escolas, supermercados, restaurantes, que ficam cheios praticamente todo o ano, além de uma orla bonita e organizada. É separada do bairro do Bessa, em João Pessoa, pelo Maceió do Rio Jaguaribe. Um dos problemas é que existem muitas ruas sem calçamento que provoca uma incoveniência na época de chuvas. A Praia de Intermares, também conhecida como Mar do Macaco, é uma das praias de surf do litoral norte, onde são realizadas várias etapas de campeonatos de surf. Nela, o Projeto Guajiru acompanha a desova das tartarugas marinhas, um verdadeiro espetáculo da natureza. A Praia do Poço, conta com boa estrutura turística para passeios e lazer, barcos e jangadas que levam à Areia Vermelha. Lá é realizado o Fest Verão Paraíba.
Vista da orla de Intermares,o Mar do Macaco, ao fundo podemos ver os prédios de João Pessoa e na outra ponta, a Praia do Poço
A parte menos estruturada é a que podemos chamar de o "Coração da Cidade" , onde fica o Centro da cidade, o Mercado Público , o Porto de Cabedelo, o Grande Moinho Tambaú e a Fortaleza de Santa Catarina. Nessa região fica uma parte da Praia de Areia Dourada, Praia Formosa, Praia de Miramar e a Praia de Ponta de Matos. Em Areia Dourada e Formosa, existem as barracas de praia e predominam os casarões de praia com apenas poucos edifícios, estas regiões não chegam a ter movimento algum em outras épocas do ano fora o verão. Em Formosa também fica a Câmara Municipal de Cabedelo.
Por-do-sol na Praia Fluvial do Jacaré
As praias de Miramar e Ponta de Matos são as mais "esquecidas", o movimento é maior nos restaurantes e, até no verão, quase não existe movimento, apesar de serem praias muito bonitas com vista para a cidade de Lucena do outro lado da foz Rio Paraíba. O mar nessas praias é mais agitado e é muito próximo do Porto. A Praia de Ponta de Matos tem ao seu lado o Dique do Porto de Cabedelo, com uma grande profundidade, o que aumenta o risco de afogamentos.
Outros pontos turísticos da cidade são a Praia Fluvial do Jacaré que conta com muitos restaurantes a beira do Rio Paraíba com um lindo pôr do sol ao som de um agradável Bolero de Ravel.
Existe também o balsa estilo ferry boat que atravessa o Rio Paraíba até Lucena, o trajeto dura cerca de 15 minutos e é o principal meio de ligaçaõ com Lucena já que se fosse através das rodovias, seriam cerca de 50 km de distância, a balsa também serve para o transporte das pessoas que trabalham entre essas cidades. A Fortaleza de Santa Catarina reúne muito da cultura, a origem da cidade e de seu povo. As visitas são sempre acompanhadas por guias turísticos que contam com detalhes as nuances do lugar.
Existe o projeto de construção da Ponte Cabedelo-Lucena, que teria cerca de 1.5 km de comprimento e beneficiaria o turismo nesta região e impulsionaria a economia paraibana junto com a construção de um Porto de águas profundas na região de Lucena, como existe em Fortaleza, já que o Porto de Cabedelo ainda não tem capacidade para receber navios de grande porte.
Praias
Praia de Miramar
Praia de Ponta de Matos
Praia de Areia Vermelha
Praia Formosa
Praia de Areia Dourada
Praia de Camboinha
Praia do Poço
Praia de Intermares
Praia fluvial do Jacaré

Referências

  1. a b c d e Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. a b Diagnóstico do município de Cabedelo (PDF). Projeto Águas Subterrâneas. Ministério das Minas e Energia (2005). Página visitada em 08 de novembro de 2010.
  3. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
  4. Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
  5. Embrapa Monitoramento por Satélite. Paraíba. Página visitada em 15 de julho de 2011.
  6. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  7. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.

Ligações externas

Cabaceiras




Cabaceiras

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Município de Cabaceiras
"Roliúde Nordestina"
"Cidade mais seca do Brasil[1]"
Roliudenordestina.jpg
Bandeira de Cabaceiras
Brasão desconhecido
Bandeira Brasão desconhecido
Hino
Fundação 1735 (276–277 anos)
Gentílico cabaceirense
Prefeito(a) Ricardo Aires (PSB)
(2009–2012)
Localização
Localização de Cabaceiras
Localização de Cabaceiras na Paraíba
Cabaceiras está localizado em: Brasil
Localização de Cabaceiras no Brasil
07° 29' 20" S 36° 17' 13" O07° 29' 20" S 36° 17' 13" O
Unidade federativa Paraíba
Mesorregião Borborema IBGE/2008 [2]
Microrregião Cariri Oriental IBGE/2008 [2]
Municípios limítrofes Norte Campina Grande; Sul Barra de São Miguel e São Domingos do Cariri; Leste, Boqueirão; Oeste São João do Cariri.
Distância até a capital 180 km
Características geográficas
Área 400,222 km² [3]
População 5 035 hab. IBGE/2010[4]
Densidade 12,58 hab./km²
Clima Tropical Chuvoso, com verão seco[5]
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,682 médio PNUD/2000 [6]
PIB R$ 21 039,077 mil IBGE/2008[7]
PIB per capita R$ 4 175,25 IBGE/2008[7]
Cabaceiras é um município no estado da Paraíba (Brasil) localizado na microrregião do Cariri Oriental a cerca de 300 metros acima do nível do mar, na área mais baixa do Planalto da Borborema, na região dos "Cariris Velhos". Sua sede fica a 180 km de João Pessoa.

Índice

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Geografia

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 5.035 habitantes, distribuídos em uma área territorial de 452,920 km², o que dá uma densidade demográfica de 11,12 hab./km².
Cabaceiras está localizado na unidade geoambiental do Planalto da Borborema[5].
Composta de caatinga arbustiva, típica das regiões mais áridas do Nordeste, com cactos, arbustos e vegetação típicos como xiquexique, coroa-de-frade, juazeiro, umbuzeiro e jurema, entre outras[carece de fontes?].
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005.[8] Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. As chuvas são portanto irregulares e esparsas e temperaturas médias na ordem dos 30º. Com menos de 234mm de chuva durante o ano todo, as precipitações ocorrem apenas durante três meses, dando vazão a estiagens que duram até dez meses nos períodos mais secos, conferindo a Cabaceiras o título de município onde menos chove no país[carece de fontes?].
Contudo, as fortes chuvas em alguns anos, como em janeiro de 2004, provocaram um aumento de mais de 500% no índice pluviométrico de alguns municípios na região do sertão paraibano, que ultrapassaram os 500mm. Em Cabaceiras choveu nesse citado ano mais da metade da média anual do município, que é de 300mm.[9] Em 2008, chuvas torrenciais provocaram um índice pluviométrico que tirou do município novamente o título de aridez que lhe faz conhecida no Brasil: foram 398mm registrados na pequena estação de medição local.[10].
Cabaceiras está inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Paraíba, região do Alto Paraíba. Seus principais cursos d’ água são os rios Taperoá, Paraíba e Boa Vista, e os riachos do Pombo, Gangorra, Pocinho, da Varjota, do Tanque, Fundo, Algodoais, do Junco e Macambira. No município situa-se o Açude Público Epitácio Pessoa ou do Boqueirão (450.424.550 m3)[5].

História

Foi fundador de Cabaceiras o Capitão-mor Domingos de Faria Castro, português nascido em Cheleiros, casado com a caririense Isabel Rodrigues de Oliveira, filha de Isabel Rodrigues e do Capitão Pascácio de Oliveira Ledo, do clã dos Oliveira Ledo, sertanistas e grandes sesmeiros na Paraíba. Ao casar com o então Tenente Domingos de Faria Castro, Isabel Rodrigues de Oliveira levou como dote uma légua de terra, sítio denominado Pasto das Bestas; e sua irmã Cristina Rodrigues de Oliveira, casada com o Capitão Antônio Ferreira Guimarães, levou por dote uma parte do sítio Cabaceiras, no valor também de 250$000 (duzentos e cinqüenta mil réis). Posteriormente, o primeiro dos genros acima comprou do sogro Pascácio de Oliveira Ledo, por escritura, o restante do mesmo sítio Cabaceiras, por 500$000 (quinhentos mil réis) e a transformou na Fazenda Cabaceiras, com muito gado, casa de farinha e alambique. Em 1735, por devoção de sua mulher, o Capitão-mor Domingos de Faria Castro construiu a Capela de Na. Sra. da Conceição. (MEDEIROS, 1989). Em torno dela começou o povoado, que seria transformado, em 1834, em Vila Federal de Cabaceiras. No ano seguinte, em 1835, foi criada a paróquia de N. S. da Conceição, de Cabaceiras. Em 1885, foi alterado o nome da sede municipal para Vila de Cabaceiras e, pelo Decreto-lei n. 1.164, de 15 de novembro de 1938, foi-lhe dado o título de cidade. A grande maioria dos habitantes de Cabaceiras e das cidades vizinhas descende do casal Capitão-mor Domingos de Faria Castro e Isabel Rodrigues de Oliveira, através dos seus filhos: Isabel Rodrigues de Faria, 1ª esposa do Coronel José da Costa Romeu; Ana de Faria Castro, casada com o futuro Capitão-mor Antônio de Barros Leira; Sargento-mor Inácio de Faria Castro, casado com Ana Maria Cavalcante; Maria de Faria Castro, casada com o Sargento-mor Manuel Tavares de Lira; Capitão Filipe de Faria Castro, casado com Maria da Purificação. (MEDEIROS, 1990).
Na história de Cabaceiras consta que ao Município foi anexado o povoado de Boa Vista, em 25 de Outubro de 1918. (SOARES, 2003). O Coronel Manuel Medeiros Maracajá (Manuel Maracajá) governou o município por 15 anos e foi o único a ter residido na cidade durante toda a gestão. Trouxe energia elétrica para Cabaceiras, em 1923. Também consta como um feito seu em benfício da cidade a contratação do professor Francisco Vieira Pereira, Chico Pereira, que mais tarde teria se refugiado em Taquaritinga do Norte, Pernambuco, perseguido pela Revolução de 1930. O Professor Chico Pereira, como era conhecido, veio a residir na cidade das Vertentes, no agreste Pernambucano, e atuou como advogado rábula naquela cidade. Após a morte do Coronel Manuel Maracajá, a viúva, Maria Borges Maracajá, casou-se com o Professor Chico Pereira - ambos faleceram e foram sepultados em Vertentes, Pernambuco.
O Coronel Manuel Maracajá era filho de Patrício Freire Mariz Maracajá, que também aparece em alguns documentos como Patrício da Costa Freire Maracajá, e de Virgínia de Medeiros Maracajá. Pelo seu pai, era neto de Inácio da Costa Freire Mariz e Vicência Freire Pessoa. Foi criado na Fazenda Araras, do seu pai, no município de São João do Cariri. Tinha como irmãos: Luís Medeiros Maracajá (Major Luís), e Patrício de Medeiros Maracajá (Major Patrício). Em sua homenagem foi dado seu nome á rua - Rua Coronel Manuel Maracajá - onde se localiza, atualmente, o prédio da Prefeitura de Cabaceiras.
O Coronel Manuel Maracajá era casado com Maria Borges Maracajá. Foram pais de quatro filhos: José Borges Maracajá, Luiz Borges Maracajá, Adilson Borges Maracajá e Maria Alice Maracajá, que, por casamento, passou a assinar-se Maria Alice Maracajá Baptista. O Coronel Manuel Maracajá faleceu em Cabaceiras e foi sepultado no cemitério local, em 7 de Abril de 1927.

 Turismo e Cultura

Vista geral do Lajedo
A cidade de Cabaceiras se auto-denomina a "Roliúde Nordestina", em uma referência aos mais de 20 filmes que foram rodados na região. O longa-metragem O auto da compadecida, por exemplo, foi gravado na centro e em arredores da cidade.[11]. "Cinema, Aspirinas e Urubus", de Marcelo Gomes, e "Romance", de Guel Arraes (mesmo diretor de Auto da Compadecida) são outros filmes que têm Cabaceiras como cenário. A cidade abriga um Memorial Cinematográfico.
Uma das regiões mais visitadas de Cabaceiras é o Lajedo de Pai Mateus, uma formação rochosa que fica a cerca de 30 quilômetros do centro da cidade.

Filhos ilustres

O cabaceirense Félix Araújo.

Referências

  1. O reino do bode
  2. a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  3. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
  4. Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
  5. a b c Diagnóstico do município de Cabaceiras (PDF). Projeto Águas Subterrâneas. Ministério das Minas e Energia (2005). Página visitada em 04 de novembro de 2010.
  6. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  7. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
  8. Ministério da Integração Nacional, 2005. Nova delimitação do semiárido brasileiro
  9. Diário da Borborema
  10. A União
  11. Cabaceiras, a "Roliúde brasileira" na Paraíba. IG Turismo, acessado em 15 de janeiro de 2010

Bibliografia

  • MEDEIROS, Tarcízio Dinoá e MEDEIROS, Martinho Dinoá. Ramificações Genealógicas do Cariri Paraibano. Brasília : CEGRAF, 1989.
  • MEDEIROS, Tarcízio Dinoá. Freguesia do Cariri de Fora. S. Paulo : Gráfica Ed. Camargo Soares, 1990.
  • SOARES, Francisco de Assis Ouriques. Bôa Vista de Sancta Roza, de Fazenda à Municipalidade. Campina Grande : Epgraf, 2003.

Ligações externas

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Caaporã


Caaporã

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Município de Caaporã
Bandeira desconhecida
Brasão de Caaporã
Bandeira desconhecida Brasão
Hino
Aniversário 27 de dezembro
Fundação 1800
Gentílico caaporãense
Prefeito(a) João Batista Soares (PMDB)
(2009–2012)
Localização
Localização de Caaporã
Localização de Caaporã na Paraíba
Caaporã está localizado em: Brasil
Localização de Caaporã no Brasil
07° 30' 57" S 34° 54' 28" O07° 30' 57" S 34° 54' 28" O
Unidade federativa Paraíba
Mesorregião Mata Paraibana IBGE/2008[1]
Microrregião Litoral Sul IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes Alhandra (norte); Pitimbu (leste); estado de Pernambuco (sul); Pedras de Fogo (oeste)[2]
Distância até a capital 45 km
Características geográficas
Área 150,168 km² [3]
População 20 363 hab. IBGE/2010[4]
Densidade 135,6 hab./km²
Altitude 29 m
Clima tropical chuvoso com verão seco]][5]
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,617 médio PNUD/2000[6]
PIB R$ 286 346,018 mil IBGE/2008[7]
PIB per capita R$ 14 368,31 IBGE/2008[7]
Caaporã, município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na microrregião do Litoral Sul. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2009 sua população era estimada em 20.064 habitantes. Área territorial de 150 km².

Índice

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Topônimo

"Caaporã" é um termo oriundo da língua tupi e significa "mata bonita", através da junção dos termos ka'a ("mata") e porang ("bonito")[8].

História[9]

Em 1800, as terras que hoje compõem o município pertenciam ao Coronel Monteiro, e o Engenho Tabú ao Sr. João de Sá. Em 27 de dezembro de 1964 ela foi emancipada, hoje tem aproximadamente 25 mil habitantes. Quanto a localidade situava-se no caminho de acesso às praias de Pitimbu e Acaú por onde os moradores de Goiana costumavam passar a caminho do mar. O povoado desenvolveu-se à beira deste caminho.
O distrito foi criado com a denominação de Caaporã, pelo decreto-lei estadual nº 520, de 31 de dezembro de 1943, subordinado ao município de Maguari. Em 1948, o município de Maguari passou a denominar-se Cruz do Espírito Santo. Elevado à categoria de município com a denominação de Caaporã, pela lei estadual nº 3130, de 27 de dezembro de 1963. O município foi instalado em 2 de fevereiro de 1964.

Geografia

O município de Caaporã encontra-se inserido na unidade geoambiental dos Tabuleiros Costeiros[7]. O clima é Tropical Chuvoso com verão seco. O período chuvoso começa em fevereiro e términa em outubro. A precipitação média anual é de 1.634 mm[7]. A vegetação predominante é a Floresta Subperenifólia, com partes de Floresta Subcaducifólia e transição Cerrado/ Floresta[7].
Caaporã está inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Abiaí. Seus principais cursos d'água são os rios Papocas, Camocim, Pitanga, Dois Rios, do Galo e Goiana, e os riachos: Taberubus, Cupissura, Tamandu à e Farias, todos de regime de escoamento perene[7].

=conomia

A cana-de-açúcar ocupa a maior parte do solo do município, embora mereça destaque a plantação de coco, lavoura de subsistência e inhame. A renda familiar é relativamente baixa, já que a maior parte da população recebe o salário mínimo. Os desempregados, em número significativo, têm renda incerta e, muitas vezes, inferior ao salário mínimo, já que se empregam na cultura cíclica (cana-de-açúcar) e sobrevivem da atividade pesqueira. A maioria da população reside em casas de um ou dois quartos, construídas a maioria hoje em alvenaria. A ocupação média de cada residência é de quatro pessoas. A população recebe assistência médica de vários PSFs(Posto de Saúde Familiar), onde lá é disposto a população vários serviços clínicos e assistência hospitalar, e a maternidade local, porém muitas pessoas se dirigem a João Pessoa há cerca de 45 km de Caaporã(dependendo do local em João Pessoa pois o centro fica a 60 km do centro de Caaporã) para obter serviços mais específicos ou de acidentes mais graves. O comércio interno está em constante crescimento e as portas do desenvolvimento estão abertas, pois além da intensa mineração na unidade produtora de cimento as obras para o novo distrito industrial de Caaporã está a todo vapor. Acham-se instaladas também no município a Agro Industrial Tabu S/A (Destilaria)e a Cimento campeão do grupo Lafarge S/A.

Referências

  1. a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. Mapa da Confederação Nacional de Municípios.
  3. IBGE (10 de outubro de 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 de dezembro de 2010.
  4. Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
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  7. a b c d e f Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
  8. http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm
  9. Página do IBGE. Cidades. Página visitada em 5 de novembro de 2010.

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