13 de julho de 2009

Será que



Será que ...?

Será a vida assim tão frágil Tão elementar, e triste? Será que precisamos passar por coisas Que nos roubam de nós, que nos afligem, Que nos desmoronam, como casas num terremoto? Será que teremos sempre Que fingir, ou fantasiar-nos de sonhos, Para não sucumbirmos, para não amargurar-nos? Será que vamos sempre ter que nos arrependermos De termos feito isso ou aquilo, mas que nos fez felizes, Nem que por momentos apenas? Quem inventou o pecado? Quem disse que Deus é vingador? Quem determinou, o que podemos fazer, ou não? Ah! Insensatez dos que os fizeram Sabiam tudo ou mais de pecar. Queria eu arrancar das entranhas Os paradigmas que me afrontam. Será que teremos que na clausura do medo Algemar-nos das nossas aspirações Apreendermos no vazio, nossas loucuras, Nossas fantasias, deliciosas? Se assim for, quero eu, Morrer pecadora. E quando com DEUS me encontrar Sei que receberei um forte abraço Porque ELE, jamais irá julgar, Quem soube ser verdade, sem máscaras, Que rasgou-se em transparência Mesmo que dissesse NÃO, o mundo inteiro. Para mentir, nunca tive dom, Mas tudo que vivi e vivo, são os fragmentos, De uma mulher, solidão. Será a vida assim, imensidão?

Cássia Da Rovare

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Zezito


MEUS SONHOS

MEUS SONHOS


Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar; - depois, abri o mar com as mãos, para o meu sonho naufragar Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas, e a cor que escorre de meus dedos colore as areias desertas. O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio; debaixo da água vai morrendo meu sonho, dentro de um navio... Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça. Depois, tudo estará perfeito; praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos como pedras e as minhas duas mãos quebradas.

Cecília Meireles


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Zezito

FRAGMENTOS DE UMA HISTÓRIA



FRAGMENTOS DE UMA HISTÓRIA

As horas passam e as vezes penso que tudo irá passar Talvez os sentimentos não passem As cicatrizes permaneçam O machucado ainda arde A ferida ainda dói Os costumes perduram Os remédios não curam O sangue estanca As flores murcham O amor não esquece O sonho continua Os pensamentos se vão no escuro da mente O choro ainda preso na garganta As lágrimas permeiam os olhos Os sinais da ilusão rondam os sonhos E eu e você em meio à isso tudo como espectadores As vezes personagens As vezes mentores,coadjuvantes Quiçá amantes,amadores Sobreviventes das palavras Dos sentidos Á espera do desfecho de uma única história

Viviane SaintClayr

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Zezito

É verdade



É verdade ....

A distância causa saudade mais nunca o esquecimento. Já a saudade faz crescer o amor e nos dá uma lição de vida, porque aprendemos que por mais que queiramos não podemos fugir do nosso destino nem do nosso amor e aprendemos também que o tempo ele cura tudo, todas as feridas e marcas ás vezes até apaga as cicatrizes e nos ensina também que quando tem que ser não adianta fugir , por que sempre chega até você da forma mais inesperada e apaixonante... A vida é maravilhosa e surpriendente... nunca diga nunca... rsrsrs Eu amo a vida, eu me amo e amo amar...

Girllene Valério

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É o que Restou

É o que restou...

Todo amor se foi... Dessa história que acabou, só fotos e lembranças foi o que restou... Lembranças de momentos bons, e de uma dezena de meses marcantes... Lembranças de momentos de realidade, de um sonho onde eu nunca quis acordar... Lembranças de um olhar sincero, e de um sorriso singelo que um dia mi fez chorar... Ficaram lembranças de palavras que foram ditas apenas da boca pra fora, palavras como “Eu te amo”, e outras coisas... Planos que foram criados e pessoas que si decepcionaram... Erros que ficaram claros, e perdões que foram dados sem ao menos serem pedidos... Foram sonhos perdidos, e um amor que se dizia puro, que em fim morreu na praia... Ficaram lembranças de muito amor demonstrado, e uma insegurança que trousse erros e grosserias... Ficaram lembranças de momentos que nunca vão ser esquecidos... Ficaram lembranças... Lembranças que são reflexos de saudade... E a saudade que é ausência da presença... Afinal quando o amor é puro ele permanece vivo dentro das lembranças... Como um dia a caminhar na chuva, como uma brincadeira e outra entre um beijo e um abraço bem apertado... Dentre tantas juras e promessas de amor, muitos momentos serão lembrados e outros jamais poderão ser esquecidos...

Fernando Zéqui

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A UM AUSENTE

A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade, tenho razão de te acusar. Houve um pacto implícito que rompeste e sem te despedires foste embora. Detonaste o pacto. Detonaste a vida geral, a comum aquiescência de viver e explorar os rumos de obscuridade sem prazo sem consulta sem provocação até o limite das folhas caídas na hora de cair. Antecipaste a hora. Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas. Que poderias ter feito de mais grave do que o ato sem continuação, o ato em si, o ato que não ousamos nem sabemos ousar porque depois dele não há nada? Tenho razão para sentir saudade de ti, de nossa convivência em falas camaradas, simples apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais que eram sempre certeza e segurança. Sim, tenho saudades. Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza nem nos deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste, porque te foste

Carlos Drummond de Andrade

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Zezito


1 de junho de 2009

AH! SAUDADE



AH! SAUDADE


Ah! Saudade Dor que vem devagarzinho, de mansinho, Vai chegando como quem não nada quer ... Se instala sem pedir licença... Como o vento...é brisa que vai aumentando sem se ver... Ah!...Saudade... Tu és a ausência de alguma presença... És a musa inspiradora dos poetas... Companheira dos amores perdidos... desiludidos, sofridos... Dos amores banidos... Ah!...Saudade... Lição de vida... E que lição... que vida... Vida vivida... aprendida...sofrida. Lição de quem já amou, sofreu ...enfim... viveu. Ah!... Saudade... Saudade da infância...das brincadeira... dos lugares... dos amigos...dos parceiros...falsos ou verdadeiros, Dos namoros, das musicas, das conversas, Saudade é dor doida... Porem,sincera...verdadeira... Ah!... Saudade... Enfim... saudade... Companheira de uma vida inteira... Vera Perdigão

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