9 de julho de 2018

BIOGRAFIA DE ALESSANDRA MAESTRINI



Alessandra Maestrini






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Alessandra Márcia Maestrini (Sorocaba17 de maio de 1977) é uma atrizcantora, compositora e versionista brasileira.

Biografia

Filha de Emílio e Noêmia Maestrini, Alessandra nasceu em Sorocabaestado de São Paulo. Desde cedo gostava de músicaliteratura e arte em geral. Quando menina, costumava criar cenas, escrever, cantar, dançar, desenhar e dirigir os amiguinhos.
Já morando na cidade do Rio de Janeiro, fez um curso de férias com Cláudia Jimenez e aos 11 anos entrava para o Tablado. Começou a estudar canto aos 15 anos (que posteriormente virariam aulas de canto lírico com a conceituada professora Vera do canto e Mello). Um ano depois se apresentou com a Companhia de Daniel Herz e Suzanna Krueger. Aos 17 anos ganhou uma bolsa de teatro e música para estudar nos Estados Unidos, na Universidade de Evansville, em Indiana.
Voltando ao Brasil, entrou para o elenco do premiado musical "As Malvadas", de Charles Möeller e Cláudio Botelho. A partir de então não parou mais, alternando trabalhos em teatro, televisão e cinema. Participou de outros musicais de sucesso, como O Abre AlasRent (no papel de Maureen Johnson), Les Miserables (no papel de Fantine) e Ópera do Malandro, de Charles Möeller e Cláudio Botelho (no papel de Lúcia). A participação no musical de Chico Buarque pode ser considerada um divisor de águas na sua carreira. Apesar de o papel de Lúcia não ser o principal, Alessandra conseguiu chamar a atenção por sua interpretação de "Palavra de Mulher", que teria emocionado o próprio autor. Em seguida, Alessandra participou do espetáculo Ópera do Malandro em Concerto, uma versão mais compacta da Ópera.[1] A atriz também trabalhou com Lázaro Ramos e Drica Moraes na peça Mamãe não pode saber, e estrelou O Casamento do Pequeno Burguês, que lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Shell de Melhor Atriz em 2004. Outro espetáculo que participou foi Utopia, uma adaptação para o teatro do livro homônimo do escritor inglês Thomas Morus, publicado em 1516.[1]
No cinema, trabalhou com os diretores João Falcão (Fica Comigo essa Noite), Miguel Falabella (Polaróides Urbanas) e Gleyson Spadetti (O Labirinto). Na televisão, participou da minissérie Chiquinha Gonzaga, do programa Sob Nova Direção e, em 2007, da minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, onde viveu Soledad, cantora da companhia de zarzuela de Maria Alonso (Christiane Torloni). Em 2007, Alessandra estreou o espetáculo musical "7", da dupla Charles Möeller/Claudio Botelho. O papel foi escrito especialmente para ela. Amélia era uma mulher traída pelo marido, que recorria à cartomante Carmem, vivida por Zezé Motta para tê-lo de volta.[1]
De 2007 a 2009 Alessandra esteve no ar, pela Rede Globo no seriado Toma Lá Dá Cá, de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, no papel da divertida empregada Bozena, personagem que divertiu o público com as histórias hilárias de sua terra natal, Pato Branco, no Paraná. A repercussão e carisma da personagem foi tamanha, que Alessandra foi agraciada com uma medalha de "cidadã honorária" em Pato Branco.[1]
Conciliando o final das gravações de "Toma Lá Dá Cá", entrou em tournée pelo Brasil junto a Reynaldo Gianecchini com a peça, Doce Deleite, dirigida por Marília Pêra, e começou a gravar a novela Tempos Modernos dando vida a cantora de ópera Ditta. Além de mostrar talento para o drama, Alessandra que é Soprano coloratura impressionou o púplico nas cenas da ópera "Tosca" de Giacomo Puccini e ganhou inúmeros fãs, com a interpretação de "Trust Me" da rockeira Janis Joplin.[2]
Em 2010, Alessandra gravou a canção True Colors de Cindy Lauper para a trilha sonora internacional da novela Ti-Ti-Ti.[2] A música agradou tanto, que foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, na primeira vez que foi ao ar.
No fim de 2012, lançou seu primeiro CD solo como cantora, intitulado Drama‘n Jazz, pela Som Livre. Maestrini é uma das primeiras pessoas a ter aprovadas e, bastante elogiadas as versões que fez para o inglês de letras de Chico Buarque , dentre elas, “I love you” (Eu te amo), que foi tema da trilha da novela Aquele Beijo, escrita por Miguel Falabella. Deste CD, a canção Deixa Estar, em parceria com Tiago Abravanel foi sucesso nas rádios. O show do disco fez burburinho no Festival Internacional Tudo É Jazz, em setembro de 2013, em Ouro Preto, e na edição do mesmo festival no Rio de Janeiro em dezembro do mesmo ano, no Porto Maravilha. [1]
Em 2014, a cantora seguiu a turnê do Drama ’n Jazz, com apresentações em Belo Horizonte, Campinas, São Paulo (Tom Jazz e Fasano) e Bahia. Neste mesmo ano, Maestrini também participou do projeto Nascente e Foz, que mescla poesia e música, nas principais capitais do país; e do espetáculo As Cantrizes, que teve também a participação de cantoras-atrizes como Marisa Orth e Zezé Motta, no Centro Cultural dos Correios, em São Paulo.[1]
Como atriz, participou da série Correio Feminino, do Fantástico; da série As Canalhas, do GNT; e do longa A Primeira Missaou Tristes Tropeços, Enganos e Urucum, uma comédia de Ana Carolina em que interpretava uma índia e lhe rendeu a indicação ao Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Prêmio Qualidade Brasil[1]. É escalada para Sexo e as Negas, série de Miguel Falabella[3] Ainda em 2014, numa entrevista à Revista Caras assume ser bissexual. “Sou artista, boa parte dos meus amigos é artista, ‘mente aberta’ como eu, a imprensa sempre me trata com o carinho e discrição que eu gostaria e, ainda assim, eu estou exausta. Exausta de não me sentir amada incondicionalmente. Exausta de não me permitir amar e ser amada como devo e como mereço. Exausta de me sentir rejeitada e, é claro, especialmente por mim mesma. Exausta de assumir uma posição superficial sobre tantos assuntos para ‘não me expor’”, escreveu. [4][5][6]

A Atriz em 2009.
No fim de 2014, Maestrini montou por iniciativa própria o espetáculo “Yentl em Concerto”, que, baseado na obra “Yentl – The Yeshiva Boy”, de Isaac Bashevis Singer, conta com as músicas imortalizadas na voz da Barbra Streisand no filme “Yentl”, vencedor do Oscar de melhor trilha sonora em 1984. As canções de “Yentl em Concerto”, com letras de Alan e Merilyn Bergman, e musicadas por Michel Legrand, são o foco da encenação da Maestrini, que, entre uma música e outra, conta a história de Yentl e seus questionamentos quanto ao gênero, à sexualidade e aos limites impostos pela sociedade de senso comum. Em cena, a atriz está acompanhada do pianista João Carlos Coutinho, que assina a direção musical. Maestrini assina roteiro, direção e produção executiva do espetáculo. O espetáculo estreou em São Paulo, em curta temporada, e seguiu para o Rio de Janeiro, onde está em cartaz desde abril de 2015. O sucesso é tanto que Yentl vem tendo suas temporadas prorrogadas desde maio, por conta de sessões seguidamente esgotadas. [7]
Ainda no primeiro semestre de 2015, Maestrini seguiu com os shows de Drama ‘n Jazz pelo país, e foi eleita a “Madrinha da Voz” do ano, pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Em agosto deste ano, Alessandra Maestrini participou do evento RUCOMING out Summer Party, em Londres. Com ingressos esgotados, o evento teve sua renda revertida em prol de uma ONG que trata homossexuais que sofreram bullying e correm risco de vida, e, por isso, Maestrini abriu a noite cantando True Colors, de Cindy Lauper, em homenagem à diversidade. O público cantou junto e ovacionou a brasileira ao fim de sua performance.[1]
Enquanto isso, na TV, Alessandra fez uma participação especial no seriado Mister Brau, com Lázaro Ramos, a convite do diretor Maurício Farias.[1] Sua personagem foi a Priscila, uma fã louca pelo protagonista, que, a pedidos, voltou em novo episódio.[7]
Alessandra começou o ano de 2016 se apresentando no projeto "As Cantrizes", no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, e em seguida, começou a sua preparação para protagonizar a série Tempero Secreto, no GNT como Cecília , uma ex-publicitária que resolve usar de seus talentos marqueteiros para abrir um restaurante direcionado ao público foodie.[1]
Em março, ela volta com o show de seu CD Drama 'n Jazz, no Teatro Porto Seguro, e, em abril, retorna aos palcos com Yentl, também em São Paulo.[1][7]

Ativista Anti-Câncer

Alessandra Maestrini participou do evento Show Com Você, Pela Vida, realizado pela Fundação do Câncer, no dia 18 de abril de 2011, no Vivo RioRio de Janeiro. A atriz e cantora se apresentou cantando sucessos de Tom Jobim. A verba arrecadada com a venda dos ingressos foi destinada para projetos do INCAAlessandra Maestrini já havia se apresentado no mesmo evento no ano de 2010.

Filmografia

Televisão

AnoTítuloPersonagem
1999Chiquinha GonzagaMarli
2004A DiaristaMarli (Episódio: Aquele Com os Loucos)
2005A Lua Me DisseJamile Ferreira
Toma Lá Dá Cá (especial de fim de ano)Bozena
2006A DiaristaVendedora (Episódio: Saia Injusta)
2007Amazônia, de Galvez a Chico MendesSoledad
Sob Nova DireçãoTiti (Episódio: Dá um Tempo Garota)
200709Toma Lá Dá CáBozena
2010Tempos ModernosBenedita Kunetscov Pina (Ditta)
2011Batendo PontoSofia (Episódio: Como Não Procurar um Novo Emprego)
2012Guerra dos SexosAlessandra do Lago[8]
2013Pé na CovaHérnia (Episódio: O Morto de Chinó) [9][10]
Correio FemininoA Mulher Amada
2014As CanalhasMargô (Episódio: Margô, a Enfermeira) [11][12]
Sexo e as NegasGaudéria Brascia [13]
2015Mister BrauPriscila
2016Tempero SecretoCecília
A Cara do PaiSílvia[14]
2018Show dos FamososParticipante [15]

Cinema

AnoTítuloPapel
2006Fica Comigo Esta NoiteSensitiva
2007O Labirinto (curta-metragem)Laura
2008Polaróides UrbanasIsmênia
2009Primeiro AtoEduarda
Através da Tela (curta-metragem)Marta
2014A Primeira Missa ou Tristes Tropeços, Enganos e UrucumSônia Duarte[16]
2017Duas de MimValentina[17]

Teatro

AnoTítuloPapel
1997–98As MalvadasLaura
1999Ó Abre AlasChiquinha Gonzaga
Aí Vem O DilúvioClementina
1999–00RentMaureen
2002Les MisérablesFantine
Mamãe Não Pode SaberMamãe/Dona Glória
2003A Ópera Do MalandroLúcia
2004O Casamento do Pequeno BurguêsMaria
2006Utopia
2007A Ópera Do Malandro Em ConcertoLúcia
2007–087 o MusicalAmélia
2009Doce DeleiteVários personagens
2011New York, New York[18]Francine Evans
2013New York, New York Turnê NacionalFrancine Evans
2014–16Yentl em ConcertoAtriz/Autora/Direção[19]
2017O Som e a SílabaSarah Leighton

Discografia

AnoTítuloRef
2012Drama'n Jazz[2]
2016Yentl em Concerto[19]

Turnê

AnoTítuloRef
2013–15Drama'n Jazz[2]

BIOGRAFIA DE FAFA DE BELEM

BIOGRAFIA de Fafá de Belém










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Fafá de Belémnascida Maria de Fátima Palha de Figueiredo (Belém9 de agosto de 1956), é uma cantoracompositora e atriz brasileira. Fafá ganhou reconhecimento nacional quando, em 1975, a música "Filho da Bahia", cantada por ela, foi introduzida na trilha sonora da telenovela Gabriela.[2][3]Em 19 de outubro de 2011 foi condecorada com a Medalha de Mérito Turístico de Portugal,[4] no Palácio São Clemente, na Zona Sul do Rio de Janeiro, tendo sido entregue pela Secretária de Estado do Turismo de Portugal, Cecília Meireles, em representação do Ministro da Economia e do Emprego de Portugal e pelo cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro, Antonio de Almeida Lima


Biografia[editar | editar código-fonte]

Filha do advogado e bancário Joaquim de Figueiredo (Seu Fefê) - falecido em 1997 - e de Eneida Palha, filha de uma família de políticos da região , Fafá pertencia a uma família de classe média-alta da capital paraense e desde a infância destacava-se nas reuniões familiares com a voz afinada. Na adolescência já gostava de música e, em parceria com amigos, fez alguns espetáculos em bares e casas noturnas, fugindo de casa para realizar tal fato.
Em 1973 conheceu o baiano Roberto Santana, produtor do grupo Quinteto Violado e musical da Polygram, que a aconselhou a investir na carreira fonográfica. Incentivada por este, apresentou-se em alguns lugares como Rio de JaneiroSalvador e em Belém.

Carreira

1973–79: Início e primeiros trabalhos

Em 1973 estreou como atriz no musical Tem Muita Goma no meu Tacacá, que satirizou o cenário político da época no principal teatro de Belém, o Theatro da Paz. Em 1974 esteve também na peça Os Sete Gatinhos. Em 1975 estreou sua carreira como cantora ao assinar com a Polydor Records e lançar seu primeiro sucesso, Filho da Bahia (Walter Queiroz), que estourou nas rádios. A música, gravada exclusivamente para a trilha sonora da novela global Gabriela, também originou um clipe no programa Fantástico, da mesma emissora. Na mesma época lançou o primeiro compacto, que continha as músicas Naturalmente (de Caetano Veloso e João Donato) e Emoriô (de Gilberto Gil e João Donato). O primeiro discoTamba-Tajá, foi lançado em 1976 pela gravadora Polydor, e nos mostrou um repertório eclético, mas essencialmente brasileiro e que trouxe à cantora ainda muito ligada às suas raízes nortistas; no repertório, destaque, dentre outras músicas para os forrós Haragana(Quico Castro Neves) e Xamego (Luiz Gonzaga e Miguel Lima), as modinhas Pode entrar (Walter Queiroz) e a faixa-título (Waldemar Henrique) e o carimbó Este rio é minha rua (Paulo André e Ruy Barata). O álbum, que obteve excelente aceitação de crítica e público, arrebatou críticos como o normalmente exigente José Ramos Tinhorão, colunista do Jornal do Brasil, que a apontou como uma das melhores cantoras daquela geração.
O segundo trabalho, Água, de 1977, vendeu mais de cem mil cópias[6] e consagrou a cantora nacionalmente, a bordo de vários sucessos, dentre os quais a regravação do clássico Ontem ao luar (Catulo da Paixão Cearense e Pedro Alcântara), Raça e Sedução (ambas de autoria da dupla Milton Nascimento e Fernando Brant), e principalmente Foi assim e Pauapixuna(ambas dos compositores paraenses Paulo André e Ruy Barata). No ano seguinte veio Banho de cheiro, com destaque, dentre outras, para Dentro de mim mora um anjo (Sueli Costa e Cacaso), Maria Solidária (Milton Nascimento e Fernando Brant), e Moça do Mar (Octávio Burnier e Ivan Wrigg). Conquistou ao longo da carreira muitos fãs, tendo como marcas registradas a apresentação descalça e com intensas interpretações que sempre animavam o público. Em 1979 lançou seu maior sucesso até hoje, a música Sob medida (Chico Buarque).
A música integrou o repertório de um dos discos considerados melhores em sua carreira: o eclético Estrela radiante, onde se alternou entre canções regionais e urbanas; outro grande sucesso deste disco foi a faixa-título, de autoria de Walter Queiroz. Fafá de Belém é uma artista consagrada e reconhecida tanto no Brasil como no estrangeiro, em especial, Portugal, onde tem imensa popularidade. Aclamada e acarinhada pelos portugueses, que a consideram um icone e uma verdadeira embaixadora de música brasileira, chamando-a de " A Cantora Brasileira mais Portuguesa do Brasil".[7]

1980–84: Reconhecimento e Diretas Já

Em 1980 Fafá participou do especial Mulher 80 (Rede Globo), um desses momentos marcantes da televisão; o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Fafá de Belém, Zezé MottaMarina LimaSimoneRita LeeJoannaElis ReginaGal Costa e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher. Em 1980 lançou o disco Crença, com destaque para a faixa-título (de Milton Nascimento e Márcio Borges), as canções Sexto sentido (Beto Fogaça e Hermes Aquino), Bicho homem (Milton Nascimento e Fernando Brant), Carrinho de linha (Walter Queiroz), Me disseram(Joyce) e Para um amor no Recife (Paulinho da Viola). Poucos meses após o nascimento da filha, posou seminua em 1981 para a extinta revista Status Plus, em uma entrevista com Tom Jobim, mostrando toda sua boa forma, tendo tido filho há pouco tempo, mesmo sem ter feito dietas ou exercícios, o que surpreendeu positivamente o público. No ano seguinte, em 1982, do disco Essencial (faixa-título de Joyce): Fafá se tornou famosa pela interpretação de duas músicas: Bilhete (Ivan Linse Vitor Martins), da trilha da novela Sol de Verão de Manoel Carlos, e Nos bailes da vida (Milton Nascimento e Fernando Brant).
Fafá de Belém participou ativamente de todos os 32 comícios realizados no movimento das Diretas-Já . Se apresentou gratuitamente em passeatas e comícios, cantando os temas Menestrel das Alagoas, em homenagem a Teotônio Vilela, e de forma magistral e muito original, o Hino Nacional Brasileiro. Menestrel das Alagoas foi lançado em 1983 no seu álbum intitulado Fafá de Belém e o Hino Nacional Brasileiro lançado em 1985 no álbum Aprendizes da Esperança. O repertório deste último também incluiu as canções Doce magiaCoração aprendiz (Ronaldo Bastos) e um pot-pourri de lambadas (Lambadas I - Ovelha desgarrada/ O remador/ Não chore não/ Bom barqueiro), assim como Lambadas II e Lambadas III nos dois discos subsequentes - este ritmo se tornaria unanimidade no final daquela década. A célebre interpretação do Hino Nacional Brasileiro diante das câmeras para uma multidão que clamava pela redemocratização do país foi muito contestada pela Justiça, mas ao mesmo tempo foi ovacionada e aclamada pelo público. Durante a campanha pelas eleições diretas, no final de suas apresentações, Fafá soltava uma pomba branca, gesto que se tornou símbolo do movimento e transformou a mesma na musa das Diretas Já. Numa entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo em 2006, Fafá declarou que Montoro e outros políticos do PMDB não queriam sua participação no movimento e que ela só passou a se apresentar por insistência de Lula. Na mesma entrevista, Fafá declarou ter sido muito próxima a políticos do PT, mas que sua relação com estes se definhou após ela ter declarado seu apoio a Tancredo Neves, a cuja candidatura o partido se opôs. Fafá foi de suma importância para o comício realizado em 10 de abril de 1984, pois foi ela quem conseguiu fazer com que Dante de Oliveira subisse ao palco do evento, alegando para os policiais presentes que ele era o percussionista de sua banda.
Em 1984 transferiu-se para a independente Som Livre; o disco que marca sua estreia na nova gravadora leva seu nome. No repertório deste, destaque para as canções Menestrel das Alagoas (Milton Nascimento e Fernando Brant), composta em homenagem ao senador Teotônio Vilela, falecido naquele mesmo ano, e ainda Você em minha vida (Roberto e Erasmo Carlos), Aconteceu você (Guilherme Arantes) e Promessas (Tom Jobim e Newton Mendonça). Esta última foi o tema de abertura da última novela de Janete ClairEu Prometo.

1985–99: Sucesso comercial e crítica


Belém em 2007.
Fafá tomou um rumo em sua carreira, que foi bastante criticado pelos mais conservadores; ela passou a incluir no repertório gêneros mais popularescos, como sertanejobrega e principalmente lambada, apesar de nessa década ela ter-se consagrado como cantora romântica, de timbre grave, forte, quente, encorpado e sedutor, e ter gravado outros estilos, como forróbolero e guarânia. Alheia às críticas, ela emplacou um sucesso atrás do outro. Nesse caminho prosseguiu com Atrevida (1986), que vendeu mais de 500 mil cópias [] graças ao sucesso da canção Memórias(Leonardo Sullivan), e trouxe também Meu homem (versão da própria Fafá para a balada "Nobody does it better", gravada originalmente por Carly Simon) e um samba-enredo (Rei no bagaço coisas da vida - de Osvaldo e Robertino Garcia, com citação de Samba do jubileu de ouro).
No ano seguinte veio Grandes amores, cujo maior sucesso foi a canção Meu dilema(Michael Sullivan e Leonardo Sullivan). No ano seguinte voltou à Polygram onde lançou o também criticado Sozinha, com destaque para Meu disfarce (Chico Roque e Carlos Colla). Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World. O projeto Nordeste Já (1987) procurou angariar fundos para combater a enchente que se abatera sobre a região, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, o compacto foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
Em 1989 assinou com a gravadora BMG que lançou Fafá, que trouxe as lambadas Chorando se foi e Conversa bonita (Chico Roque e Carlos Colla), os sucessos românticos Nuvem de lágrimas (Paulo Debétio e Resende) e Amor cigano (Michael Sullivan e Paulo Massadas) e ainda Coração do agreste (Moacir Luz e Aldir Blanc); esta última integrou a trilha de Tieta, de Aguinaldo SilvaAna Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. Dois anos depois, veio o disco Doces palavras, com destaque para Águas passadas e Coração xonado. A versão deste em CD trouxe três faixas-bônus, Eu daria minha vida (Martinha), A luz é minha voz e Dê uma chance ao coração (Michael Sullivan e Paulo Massadas). Estas não haviam entrado no LP original por problemas de espaço. Em 1990, Foi lançada a faixa Saudade de Portugal e Fafá foi compositora ao lado de Ed Wilson no LP do Trem da Alegria (álbum de 1990), com a participação especial de Gugu Liberato.
Em 1992 gravou em Portugal o disco Meu Fado. Seguem-se os discos Do Fundo do Meu Coração (1993) e Cantiga Para Ninar Meu Namorado (1994).
1996 é o ano de Pássaro Sonhador que foi um grande sucesso em Portugal. Segue-se o álbum Coração Brasileiro em 1998.

2000–presente: Reinvenção e televisão


Fafá em 2015.
Na década de 2000, lançou Maria de Fátima Palha Figueiredo (2000), que trouxe diversas canções consagradas românticas da MPB e ainda as regravações de Meu nome é ninguém (Haroldo Barbosa e Luiz Reis - já havia sido gravada anteriormente com Miltinho), Foi assim e Sob medida, assim como Piano e voz (2002), na mesma linha de Fafá ao vivoFafá de Belém do Pará - O Canto das águas (2003), que trouxe um repertório essencialmente brasileiro, destacando culturas nortistas onde todas as canções são de autoria de compositores conterrâneos seus, sendo que algumas músicas ela já havia gravado anteriormente (Pauapixuna, Este rio é minha rua e Bom dia Belém - espécie de hino da capital paraense, composta Edyr Proença e Adalcinda), e Tanto mar (2004), um tributo a Chico Buarque que contou com a participação do próprio na canção Fado tropical.
Em 2007, lançou Fafá de Belém ao vivo, que rendeu seu primeiro DVD, e foi lançado pela gravadora EMI - única multinacional que ainda não havia editado um disco de Fafá. Há pouco tempo aceitou o desafio de ser atriz e atuou como a personagem Ana Luz na telenovela da Rede Record Caminhos do Coração, do autor Tiago Santiago. Em 2012, Fafá fez parte da bancada de jurados da última temporada do programa Ídolos, exibido na Rede Record, ao lado de Marco Camargo e Supla.[8] Inicialmente, a cantora havia recusado o convite por motivo não divulgado (embora uma sondagem para participação na telenovela Gabriela na Rede Globo tenha sido apontada como um deles), mas depois mudou de ideia e assinou o contrato.
No ano de 2015, "Do tamanho certo para o meu sorriso" marca seus 40 anos de carreira. Lançado após 10 anos sem gravar em estúdio. É um álbum que celebra o brega paraense, reunindo músicas clássicas e algumas inéditas, como a faixa "Asfalto Amarelo"(Felipe Cordeiro, Manoel Cordeiro e Zeca Baleiro). Recebeu prêmio de melhor álbum de música popular no Prêmio da Música Brasileira.

Vida pessoal

No dia 5 de março de 1981capital paulista, aos 24 anos, Fafá deu à luz sua única filha, Mariana de Figueiredo Mascarenhas Pereira, conhecida por Mariana Belém, nascida do relacionamento com saxofonista Raul Mascarenhas – com quem nunca chegou a se casar. Com pouco tempo de namoro, Fafá engravidou, e eles foram viver juntos, mas poucos meses após o nascimento da filha, se separaram. Depois dele, e em pouco tempo, a cantora apareceu com outros namorados na mídia. O nascimento de Mariana foi considerada a primeira "produção independente" às claras do Brasil, segundo alguns sexólogos e psicólogos, já que Fafá mesmo afirma que nunca quis casar-se oficialmente, apenas morar junto para ter um filho, mas não pensava em ficar numa mesma relação por muito tempo, apenas queria ser feliz no momento que deveria durar. Em 1998, grávida de seu namorado, com quem vivia junto há alguns anos, Fafá sofreu um aborto espontâneo após o abalo de ler a notícia de sua gravidez em um jornal, fato este que ela ainda escondia, que também questionava se ela sabia quem era o pai. Durante os anos seguintes, tentou engravidar, mas não estava conseguindo devido a fatores hormonais e a idade.
Se tornou avó da Laura em 2011 e da Julia, em 2016.[9] Em 2013, Fafá de Belém, pediu nacionalidade portuguesa (dupla nacionalidade).[1] A cantora, sempre demonstrou o carinho que tem por Portugal, não só por ser proveniente de uma família de portugueses mas pelo enorme sucesso e grande popularidade que tem naquele país, sendo considerada, uma das cantoras brasileiras mais admiradas e respeitadas pelos portugueses[10] tendo até sido homenageada, em 2011, e condecorada com a Medalha do Turismo de Portugal[5]

Características artísticas

Como as cantoras de sua geração, foi fortemente influenciada por cantores consagrados da MPB como MaysaRoberto CarlosCauby Peixoto e os grupos Jovem Guarda e Beatles, ouvindo-os com entusiasmo, além de outros gêneros, como jazz, música clássica, e os grandes ídolos do rádio.

Discografia

Ver artigo principal: Discografia de Fafá de Belém
Álbuns de estúdio
Álbuns ao vivo
Extended play (EPs)

  • 2013 - Fafá, Frevo e Folia - Coração Pernambucano
  • 2013 - Amor e Fé

Filmografia

Televisão[ed

AnoTítuloPersonagem / CargoNotas
1983Plunct, Plact, ZuuumSereiaEspecial de Fim de Ano
2007Caminhos do CoraçãoAna Gabriela dos Santos Luz
2008Os Mutantes
2012ÍdolosJurada / MentoraTemporada 7
2017A Força do QuererAlmerinda dos Anjos (Mere Star)
Show dos FamososParticipanteTemporada 1

Cinema

AnoTítuloPersonagem
2004Garotas do ABCSolange[11]
2014EncantadosAlaci

Teatro

AnoTítuloPersonagem
1973Tem Muita Goma no Meu TacacáFátima
1974Os Sete GatinhosSilene
2011Paixão de Cristo de Nova JerusalémMaria

Prêmios

  • 1990 - Troféu Imprensa: Melhor Música (Nuvem de Lágrima)
  • 1991 - Troféu Imprensa: Melhor Cantora
  • 2008 - Prémio Tim - categoria canção popular: Melhor Disco "Fafá de Belém Ao Vivo".
  • 2008 - Prémio Tim - categoria canção popular: Melhor Cantora.
  • 2016 - Prêmio da Música Brasileira: Melhor Álbum Popular: "Do Tamanho Certo para o Meu Sorriso"
  • 2016 - Prêmio da Música Brasileira: Melhor Cantora Popular
Homenagens
  • 1979 - Arrombou a Festa II (Rita Lee) - Citação nos versos: "...No meio disso tudo; a Fafá vem dá um jeito; Além de muita voz, ela; Também tem muito peito..." - Álbum: Rita Lee
  • 1987 - Gente Tem Sobrenome (Toquinho) - Citação nos versos: "...Quem tem apelido; Dedé, Zacharias, Mussum e a Fafá de Belém; Tem sempre um Nome e depois do nome; Tem sobrenome também..." - Álbum: Canção de Todas as Crianças
  • 1992 - 40 anos (Altay Veloso e Paulo César Feital) de Emílio Santiago (citação indireta, à interpretação da Fafá ao Hino nacional brasileiro, nos versos: "...Mas também já chorei de medo; Como chorei ouvindo o Hino; Quando morreu Tancredo...") - Álbum: Aquarela Brasileira 5
  • 2002 - Samba Enredo: Estrela do Norte em Fá Maior - Rancho Não Posso Me Amofiná (Campeã Especial - Belém do Pará) / Carnavalesco: Cláudio Rêgo de Miranda
  • 2011 - Medalha de Mérito Turístico de Portugal
  • 2013 - Coroada Rainha do Baile dos Artistas - Recife, Pernambuco.