4 de julho de 2017

Salgadinho (Paraíba)


Salgadinho (Paraíba)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Salgadinho
Bandeira indisponível
Brasão de Salgadinho
Bandeira indisponívelBrasão
Hino
Aniversário22 de dezembro
Fundação22 de dezembro de 1961 (55 anos)
Gentílicosalgadinhense
Prefeito(a)Marcos Antônio Alves[1] (PSDB)
(2017–2020)
Localização
Localização de Salgadinho
Localização de Salgadinho na Paraíba
Salgadinho está localizado em: Brasil
Salgadinho
Localização de Salgadinho no Brasil
07° 06' 10" S 36° 50' 42" O
Unidade federativa Paraíba
MesorregiãoBorborema IBGE/2008 [2]
MicrorregiãoSeridó Ocidental ParaibanoIBGE/2008 [2]
Região metropolitanaPatos
Municípios limítrofesao norte com Santa Luzia e Junco do Seridó, leste com Assunção e Juazeirinho, sul com Taperoá, e oeste com Areia de Baraúnas e Passagem
Distância até a capital280 km
Características geográficas
Área184,237 km² [3]
População3 508 hab. IBGE/2010[4]
Densidade19,04 hab./km²
Altitude420 m
Climasemiárido Bsh
Fuso horárioUTC−3
Indicadores
IDH-M0,564 baixo PNUD/2000 [5]
PIBR$ 11 331,595 mil IBGE/2008[6]
PIB per capitaR$ 3 278,82 IBGE/2008[6]
Página oficial
Salgadinho é um município no estado da Paraíba, (Brasil), localizado na região do Seridó Ocidental Paraibano e integrante da Região Metropolitana de Patos, município do qual dista cerca de 50 quilômetros. De acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 2010, a sua população era de 3.518 habitantes divididos em uma área territorial de 180 km² com densidade de 19 habitantes por quilômetro quadrado[7].
Fundado em 1961, o município é conhecido internacionalmente como sendo um dos poucos locais no mundo a se encontrar a raríssima e valiosa Turmalina Paraíba, perseguida desde a década de 1980 no distrito de São José da Batalha[8].
Além de suas riquezas minerais e seu clima plácido outras atrações são destaque na cidade, tais como sua geografia e sítios históricos, suas construções e a sua culinária[8].

História[editar | editar código-fonte]

Datam do século XX os primeiros movimentos que deram origem ao município de Salgadinho, que servia de entreposto entre os que iam do cariri do estado para o Sertão e vice-versa[7].
Sob o nome de Salgadinho o povoado passou a ser distrito de Patos em 7 de janeiro de 1949, com terras cedidas do distrito de Espinharas[7].
Mais de uma década depois, movimentos populares sob as lideranças de Cícero José Maciel, José Bezerra de Maria, Pedro Leite Correia de Melo, Joaquim Marcolino Guimarães, José Morais da Silva e Felizardo Trindade de Figueiredo conseguiram a emancipação do distrito através da lei estadual nº 2.676 de 22 de Dezembro de 1961, publicada no Diário Oficial do Estado e assinada pelo governador Pedro Gondim[7].
Instalado oficialmente em 30 de dezembro de 1961, Salgadinho viria ter o seu primeiro prefeito em 31 de outubro de 1962, o sr. Djalma Morais da Silva, tendo como vice José Bezerra de Maria[8].

Aspectos geográficos[editar | editar código-fonte]

Todas as águas superficiais do município de Salgadinho estão inseridas nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Espinharas, sendo o Rio da Farinha o seu principal tributário, com regime de escoamento descontinuado ao longo do ano. Constam também alguns corpos de acumulação de água, tais como o açude dos Tanques e a Lagoa da Viração, Lagoa da Caraibeira e Lagoa da Onça além de riachos tributários do Rio da Farinha, a exemplo dos riachos Muquém, Olho d’ Água, do Pinga, Caraibeira, dos oitis, do Brejinho e Catolé[9].
Segundo o IBGE o município de Salgadinho possui uma área de 184,237 quilômetros quadrados e uma população de aproximadamente 3,500 habitantes, sendo maioria urbana (cerca de 60%) e média demográfica menor que 20 habitantes por quilômetro quadrado. Localiza-se na parte central da Paraíba, faz limites ao norte com Santa Luzia e Junco do Seridó, a leste com Assunção e Juazeirinho, ao sul com Taperoá, e oeste com Areia de Baraúnas e Passagem[7].
O município está dividido em dois distritos, o distrito-sede de Salgadinho e o distrito de São José da Batalha. A sede do município fica a uma altura de 420 metros acima do nível do mar, ao pé da Serra da Viração[10].
É possível chegar ao município desde a capital do estado, João Pessoa, através da rodovia federal BR-230, passando por Campina GrandeSoledade e Juazeirinho. A partir de Assunção o trajeto segue por rodovia estadual em um trecho de 30 quilômetros. O acesso a partir de Patos é feito pela PB-228 em trecho de 50 quilômetros[9].

Clima[editar | editar código-fonte]

O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005[11]. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.
A pluviometria média mensal é de cerca de 450mm, com distribuição irregular e 76% de seu total concentrando-se nos 4 primeiros meses do ano. A vegetação é do tipo Caatinga Hiperxerófila do Seridó[9].

[Esconder]Dados climatológicos para Salgadinho (Período 1934-85)
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezAno
Temperatura máxima média (°C)31313130292828293132333230,4
Temperatura média (°C)25,825,324,924,724,023,122,723,124,125,125,625,924,5
Temperatura mínima média (°C)21212121202019192020212120,3
Precipitação (mm)3568116110492318822713450
Fonte: [12] [13]

Turismo[editar | editar código-fonte]

A cidade possui uma gama de atrativos que proporcionam ao visitante, aventura, sossego e uma rica culinária[8].

Atrações naturais[editar | editar código-fonte]

A Grota é um sítio arqueológico localizado 3 km ao norte da sede de município, que mantém sua mata preservada e onde é proibido a caça de animais. Além de inscrições rupestres, a grota possui uma fonte de água de coloração amarelo turvo que provém da concentração de minerais naquela região, principalmente o ferro[8].

Construções humanas[editar | editar código-fonte]

Em Salgadinho é possível conhecer construções religiosas tal como a Capela de Nossa Senhora do Carmo, o cruzeiro ou a Barragem Velha, bem como construções oriundas da época da construção da estrada de ferro tais as ruínas da Estação Abismo, o Viaduto da Serra da Viração e dos Oitis.
Viaduto da Serra da Viração
Ver artigo principal: Viaduto da Serra da Viração
Viaduto da Serra da Viração é maior viaduto do Nordeste e o segundo do Brasil em tamanho. Possui 44 metros de altura por 190 metros de comprimento. Inaugurado em setembro de 1957 o viaduto localiza-se no quilômetro 129, entre as estações João Leite, em Assunção, e Abismo, em Salgadinho. A obra na época custou cerca de 16 milhões de cruzeiros. Foram utilizados na construção 229 toneladas de ferro nas armaduras, 1712  de concreto, 9.000 m² de madeira quadrada empregada na confecção do escoamento além de 957 m³ de escavação para fundação[8].
Viaduto dos Oitis
Ver artigo principal: Viaduto dos Oitis
Viaduto dos Oitis é outra atração da cidade, está localizada sobre o Riacho dos Oitis entre as antigas estações de Abismo e Areia de Baraúnas no quilômetro 135. Inaugurada em 1958, a ponte tem 45 metros de comprimento e cerca de 25 metros de altura. A ponte foi montada a partir do concreto, ferro e sua base de pedra, ela tem como característica principal duas grandes colunas no centro que sustentam toda sua estrutura[8].

Culinária[editar | editar código-fonte]

A culinária do município é tipicamente sertaneja baseada principalmente na agricultura familiar bem como na pecuária e na fruticultura.
Entre os pratos típicos estão: feijão verde, pamonha e canjica, doces a partir da extração do caju, castanha e goiaba etc[8].

Referências

  1. Ir para cima Portal Eleições 2016. «Resultado das Eleições: Salgadinho-PB». Consultado em 07 de janeiro de 2017 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. ↑ Ir para:a b «Divisão Territorial do Brasil»Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008
  3. Ir para cima IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
  4. Ir para cima «Censo Populacional 2010»Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
  5. Ir para cima «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil»Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
  6. ↑ Ir para:a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
  7. ↑ Ir para:a b c d e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Infográficos da cidade de Salgadinho. 2014. [1].
  8. ↑ Ir para:a b c d e f g h Prefeitura Municipal de Salgadinho. História de Salgadinho. Salgadinho-PB, 2014. [2].
  9. ↑ Ir para:a b c Serviço Geológico do Brasil. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea. Diagnóstico do município de Salgadinho, estado da Paraíba. João de Castro Mascarenhas, Breno Augusto Beltrão, Luiz Carlos de Souza Junior, Franklin de Morais, Vanildo Almeida Mendes, Jorge Luiz Fortunato de Miranda. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005. [3].
  10. Ir para cima Instituto Brasileiro de Gografia e Estatística, 2010. Mapa Municipal Estatístico.
  11. Ir para cima Ministério da Integração Nacional, 2005. Nova delimitação do semiárido brasileiro.
  12. Ir para cima 
    Climatologia para a cidade de Malta.«Climatologia para a cidade de Salgadinho». Consultado em 29 de julho de 2014
  13. Ir para cima Embrapa. Banco de Dados Climáticos do Brasil - Município: Salgadinho. Disponível em [4]. Acesso em Julho de 2014

Chuva De Paixão



Chuva De Paixão

Chove lá fora
dia sem cor
meu amor foi embora
meu coração sente a dor

nuvens anunciam
o fim de um amor
gotas d'água denunciam
o choro de um sofredor

o céu cinza , anuviado
me traz a triste lembrança
de um amor passado
um amor sem volta , sem esperança

as nuvens se abrem
um pouco de sol sai
algumas cores se fazem
mas a chuva ainda cai

a manhã passou
a chuva se foi
meu coração acordou
com o sol a brilhar

as poucas gotas
que no ar ficaram
produzem um arco-íris
me lembro de seus cabelos
me lembro daqueles olhos...
que um dia me amaram.

Vinícius Etrusco Moreira


Rio Tinto (Paraíba)


Rio Tinto (Paraíba)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Rio Tinto
"Manchester paraibana"
Bandeira de Rio Tinto
Brasão de Rio Tinto
BandeiraBrasão
Hino
Fundação6 de dezembro de 1956 (60 anos)
Gentílicoriotintense
Prefeito(a)José Fernandes Gorgonho Neto (PSB)
(2017–2020)
Localização
Localização de Rio Tinto
Localização de Rio Tinto na Paraíba
Rio Tinto está localizado em: Brasil
Rio Tinto
Localização de Rio Tinto no Brasil
06° 48' 10" S 35° 04' 51" O
Unidade federativa Paraíba
MesorregiãoMata Paraibana IBGE/2008 [1]
MicrorregiãoLitoral Norte IBGE/2008 [1]
Região metropolitanaJoão Pessoa
Municípios limítrofesNorteMataracaBaía da Traição e Marcação;
SulLucenaSanta Rita e Capim;
LesteOceano Atlântico;
OesteMamanguape
Distância até a capital52 km
Características geográficas
Área466,397 km² [2]
População23 431 hab. (PB: 25º) –  estimativa populacional - IBGE/2012[3]
Densidade50,24 hab./km²
Altitude10 m
Climatropical
Fuso horárioUTC−3
Indicadores
IDH-M0,603 médio PNUD/2000 [4]
PIBR$ 121 719,366 mil (PB: 22º) – IBGE/2008[5]
PIB per capitaR$ 5 142,56 IBGE/2008[5]
Página oficial
Prefeiturawww.riotinto.pb.gov.br
Rio Tinto é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de João Pessoaestado da Paraíba. Sua população em 2012 foi estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 23.431 habitantes,[3] distribuídos em 466 km² de área.
Fundada pelos herdeiros e filhos do sueco naturalizado brasileiro Herman Theodor Lundgren (Norrköpingc. 1835 - Recife1907) casado em 1877 com a então prusso-holsteniana, hoje seria alemã, naturalizada brasileira Anna Elisabeth (* 14 de janeiro de 1847BarmstedtHolstein - † 12 de maio de 1934 Recife, PE[6]), entre os quais sobressai Frederico João Lundgren (* 20.VI.1879 Recife - † 25.II.1946 Paulista), o qual associado aos outros herdeiros gizou e fez executar o implemento do projeto fabril da Companhia de Tecidos Rio Tinto e a urbanização imprescindível para o assentamento populacional envolvente. Rio Tinto foi povoada inicialmente tanto pelas famílias dos trabalhadores alemães como pelas famílias dos trabalhadores originários do próprio estado empregados na Companhia de Tecidos Rio Tinto. As famílias alemãs chegaram a constituir a única colônia germânica de fato acima do Centro-Sul do Brasil no Século XX. Com a desativação da parte fabril do conglomerado de produção têxtil dos Lundgren na Paraíba, a maior parte das famílias dos trabalhadores alemães dispersou-se migrando para João Pessoa ou deixando o estado.
Até hoje encontramos marcas da passagem deles pelo município. Há casarões e chalés espalhados pela zona urbana. O Palacete (residência dos Lundgren em Rio Tinto), que foi alvo de vandalismo ao fim da Segunda Guerra Mundial está localizado na Vila Regina, hoje uma das aldeias indígenas existentes na cidade.
A Igreja Matriz Santa Rita de Cássia tem uma arquitetura incrível e é belíssima tanto por fora como por dentro. Várias lendas foram formadas, tanto na Igreja como na estátua que é virada para ela.
Hoje Rio Tinto é uma cidade calma e boa para morar. Muitos não sabem, mas tem pontos turísticos para visitar, como os locais antigos deixados pelos Lundgren; Seu litoral se estende da barra do Mamanguape à barra do Miriri.Próximo à Praia de Campina existe o Projeto Peixe-boi-marinho, que está localizado na Barra de Mamanguape, onde se situa a Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape e o Projeto Peixe-boi-marinho.
O município é servido pela empresa de transporte Viação Rio Tinto, que faz a conexão intermunicipal.

História[editar | editar código-fonte]

Em 1917, Frederico João Lundgren, segundo filho mais velho de Herman Lundgren junto com os irmãos mais novos, visando estabelecer uma nova unidade de produção têxtil, comprou do fazendeiro Alberto de Albuquerque, por dois mil contos de réis, 601 quilômetros quadrados de terras do então Engenho da Preguiça,as quais estavam sobretudo cobertas de Mata Atlântica, e habitadas por tribos potiguaras, por pequenos fazendeiros e posseiros, onde se situa o atual município de Rio Tinto. Apesar de muito isolado, o preço baixo das terras do engenho de fogo morto, então desativado, a disponibilidade de matéria-prima em profusão — o algodão produzido no Nordeste — e de matas para alimentar as caldeiras, além da proximidade de rios navegáveis com saída para o mar serviriam de escoadouros da produção. Contudo, o fator decisivo foi a isenção de impostos estaduais por 25 anos, concedida pelo governo paraibano em troca de serviços essenciais, como saúde, educação, eletrificação e segurança. A história do município se dá com a história da Companhia de Tecidos e com a influência política da elite industrial, tendo atraído para o município uma agência da previdência social, uma unidade militar (Tiro de Guerra 07/001) e uma unidade do sistema S.

Terras indígenas[editar | editar código-fonte]

Rio Tinto possui parte de seu território sobre três terras indígenas identificadas ou demarcadas pela FUNAI, com uma população de 2000 índios, cerca de 10% da população do município:

Cidadãos ilustres[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Divisão Territorial do Brasil»Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008
  2. Ir para cima IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
  3. ↑ Ir para:a b «Estimativa Populacional 2012» (PDF)Estimativa Populacional 2012. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 01 de julho de 2012. Consultado em 09 de setembro de 2012 Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  4. Ir para cima «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil»Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
  5. ↑ Ir para:a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
  6. Ir para cima Nota de falecimento publicada no Jornal do Recife, edição de 13 de maio de 1934, pág. 4