10 de junho de 2012

Brejo do Cruz



Brejo do Cruz

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Brejo do Cruz
Bandeira de Brejo do Cruz
Brasão de Brejo do Cruz
BandeiraBrasão
Hino
Aniversário1 de outubro
FundaçãoManoel da Cruz Oliveira
Gentílicobrejocruzense
Prefeito(a)Francisco Dutra Sobrinho (PR)
(2009–2012)
Localização
Localização de Brejo do Cruz
Localização de Brejo do Cruz na Paraíba
Brejo do Cruz está localizado em: Brasil
Localização de Brejo do Cruz no Brasil
06° 20' 56" S 37° 29' 52" O06° 20' 56" S 37° 29' 52" O
Unidade federativa Paraíba
MesorregiãoSertão Paraibano IBGE/2008[1]
MicrorregiãoCatolé do Rocha IBGE/2008[1]
Municípios limítrofesSão Bento, Jardim de Piranhas, Catolé do Rocha, Belém do Brejo do Cruz, São José do Brejo do Cruz.
Distância até a capital420 km
Características geográficas
Área398,917 km² [2]
População13 123 hab. IBGE/2010[3]
Densidade32,9 hab./km²
Altitude199 m
Climasemiárido[4] Bsh
Fuso horárioUTC−3
Indicadores
IDH0,635 médio PNUD/2000[5]
PIBR$ 43 927,086 mil IBGE/2008[6]
PIB per capitaR$ 3 439,87 IBGE/2008[6]
Brejo do Cruz, município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na microrregião de Catolé do Rocha. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2007 sua população era estimada em 12.424 habitantes. Área territorial de 399 km². Essa cidade é citada na música Brejo do Cruz de Chico Buarque em homenagem ao amigo e também cantor Zé Ramalho, natural desta cidade.

Índice

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História

O município de Brejo da Cruz é considerado um dos mais antigos da Paraíba. Em 1600 o português Antônio Barroso Pereira resolveu cultivar um pequeno sítio que se chamava Olho D'Água do Meio. Coube, entretanto, a Manoel da Cruz Oliveira Lêdo, famoso desbravador do sertão paraibano, a fundação do povoado, por volta de 1700, instalando-se no sítio Olho D'Àgua dos Boqueirões que seria mais tarde a cidade de Brejo do Cruz.
Em 1752 Manoel da Cruz Oliveira, construiu uma capela em homenagem a Nossa Senhora dos Milagres. A fertilidade do solo atraiu muita gente para aquela região onde construiram seus sítios e fazendas.
Por volta de 1850 foi cultivado um pequeno sítio que pertencia a família Viana, no mesmo local onde se encontra edificada a cidade. Alguns anos depois, chegava Antônio Pedro, comerciante, que montou uma bodega e logo em seguida (1920) construiu uma latada, dando origem a feira que alcançou grande fama em toda a região. Em 1928 o Sr. Candinho Saldanha montou uma empresa que beneficiava o algodão. A iniciativa alcançou grande sucesso e contribuiu para o rápido crescimento do povoado, gerando empregos e incrementando a movimentação natural dos produtos. Em 1939 Candinho vem a falecer e a sua empresa encerra as atividades, mas a estrutura que se formou no povoado, garante-lhe prosperidade e crescimento.

Geografia[4]

Clima

O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005.[7] Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. O clima é classificado como Bsh-semiárido quente com chuvas de verão, com 7 a 8 meses secos. Segundo a divisão do Estado da Paraíba em regiões bioclimáticas o clima do município é do tipo 4bTh-tropical quente de seca acentuada. A pluviometria média anual é de 810mm(Período 1911-1985).

Vegetação

A vegetação é composta por caatinga.

Hidrografia

Brejo do Cruz situa-se nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Piranhas, região do Médio Piranhas. Seus principais cursos d’ água são os riachos Tapera, Grande, Poço da Cruz, Escuro, Fundo, das Lajes, dos Bois, Poço da Onça e do Jacu. Conta ainda com as lagoas Polarinho, das Marrecas e Caminho do Brejo.

Relevo

O relevo varia de ondulado (cotas de 125 metros) a fortemente ondulado, na serra do Brejo do Cruz, com altitude de 582 metros.

Economia

A principal atividade econômica do município até a década de 80 foi a agropecuária, sobretudo com a produção de algodão, feijão e milho no entanto na década de 90 começou nesta cidade a produção indústrial de redes de dormi que acabou se tornando a principal fonte de renda da cidade.

Filhos ilustres


Referências

  1. a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
  3. Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
  4. a b Diagnóstico do Mubnicípio de Brejo do Cruz, Paraíba (PDF). Projeto Águas Subetrrâneas. Ministério das Minas e Energia (outubro de 2005). Página visitada em 15 de abril de 2010.
  5. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  6. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
  7. Ministério da Integração Nacional, 2005. Nova delimitação do semiárido brasileiro.

Ligações externas

Borborema (Paraíba)



Borborema (Paraíba)

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Município de Borborema
Bandeira desconhecida
Brasão de Borborema
Bandeira desconhecidaBrasão
Hino
Aniversário12 de novembro
Fundação18 de Maio de 1959
Gentílicoborboremense
Prefeito(a)José Renato Eduardo dos Santos (Rei) (PMDB)
(2009–2012)
Localização
Localização de Borborema
Localização de Borborema na Paraíba
Borborema (Paraíba) está localizado em: Brasil
Localização de Borborema no Brasil
06° 48' 03" S 35° 37' 33" O06° 48' 03" S 35° 37' 33" O
Unidade federativa Paraíba
MesorregiãoAgreste Paraibano IBGE/2008[1]
MicrorregiãoBrejo Paraibano IBGE/2008[1]
Municípios limítrofesBananeiras (norte); Pirpirituba (leste); Serraria; Solânea (oeste)[2]
Distância até a capital132 km km
Características geográficas
Área25,984 km² [3]
População5 111 hab. IBGE/2010[4]
Densidade196,7 hab./km²
Altitude368 m
Climatropical chuvoso com verão seco (brejo de altitude)]][5]
Fuso horárioUTC−3
Indicadores
IDH0,6 médio PNUD/2000[6]
PIBR$ 22 291,182 mil IBGE/2008[7]
PIB per capitaR$ 4 330,07 IBGE/2008[7]
Borborema, município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na microrregião do Brejo Paraibano. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2009 sua população era estimada em 5.186 habitantes. Área territorial de 26 km².
Primeira cidade brasileira a possuir uma hidroelétrica construída por alemães que moravam na região.
Realiza no mês de janeiro a melhor festa de São Sebastião da região.

Índice

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História

A ocupação das terras onde hoje se localiza o município iniciou-se em 1912 com a aquisição de terras pelo advogado José Amâncio Ramalho, vindo da cidade vizinha de Araruna - PB. Ramalho construiu um açude e a seguir uma hidrelétrica que forneceu iluminação às cidades de Pilões, Serraria, Solânea, Bananeiras e a própria Borborema até 1962. Posteriormente, instalou uma despolpadeira de arroz e um fecularia. Isto deu origem à vila de Camucá, que originaria a sede do município. Em 1913, o trem chegou à região, ajudando a consolidar o povoamento, que se expandia graças à agricultura. Na década de 20 do século XX foi construída da igreja de Nossa Senhora do Carmo[8]
José Ramalho, muito empreendedor, teve a preocupação de contratar um engenheiro para planejar a cidade. Percebe-se tal marco onde as ruas são todas largas e com mão e contra-mão complentamente separadas por canteiros de árvores, e as ruas são feitas em blocos todas com saídas distintas. Logo após a vontade de emancipar-se tomou conta dos grandes homens da vila que recebeu dentre outros nomes: Camucá, Borborema, Boa Vista e por fim Borborema.
De acordo com a Lei 2.133 de 18 de Maio de 1959, foi elevado à categoria de município com a denominação de Borborema, desmembrado de Bananeiras. A Lei 1.198 de 2 de Abril de 1955 que fixa a divisão administrativa e judiciária do estado:
Art 1 - É criado o município de Borborema. Com seguintes limites:
- Município de Bananeiras partindo do ponto onde o riacho bananeiras penetra em Pirpirituba onde na margem esquerda deste mesmo riacho e por ela seguindo até a cachoeira do roncador; prossegue daí em linha reta até o cruzamento da linha férrea Pirpirituba-Borborema, com a linha férrea no lugar de samambaia, prosseguindo por esta linha férrea até a fecularia do Dr. José Amâncio, onde seguem em linha reta a antiga estação ferroviária de Manitú, continuando desta também em linha reta até encontrar com a divisa do município de solânea passando entre as casas sedes do engenho Canafístula e Camará. Art 9 - A presente Lei entrará em vigor no dia 1° de Novembro de 1959. Sendo fica facultado que a data de emancipação política desta não é 1° de novembro. O primeiro prefeito nomeado pelo governador do estado foi o Sr. Antônio Costa.
Atualmente o prefeito é José Renato Eduardo dos Santos (Rei), que ocupou o cargo em 2006 pelo falecimento do prefeito eleito no pleito de 2004 José Amâncio Ramalho Júnior (filho do idealizador da cidade).
As ruas bem definidas, as casas em estilo barroco, a propria casa do fundador da cidade que fica em frente a um grande largo que dá de frente com a Igreja Matriz, a curiosidade fica por conta de que a torre da Igreja Católica pode ser vista de qualquer ponto da cidade.
Na cidade ainda encontramos a famosa "Ilha da Fantasia", ideia do prefeito Amâncio Ramalho, que na década de 1990 atraiu grande quantidade de turistas para a região e ainda hoje se pode comer diariamente no local além de poder admirar a bela vista da natureza do brejo paraibano.

Geografia

Dados Gerais

Encravado dentro de uma região bela por natureza, possui a famosa cachoeira do Roncador que recebe visitantes de diversas cidades e estados diversos do Brasil. Os município circunvizinhos são: Bananeiras, Solânea, Serraria e Pirpirituba. É ligada pela PB 087 a cerca de 132 quilômetros de distância da capital. O Nome Borborema foi dado por está inserido no início do Planalto da Borborema, região montanhosa presente no Agreste Paraíba, acabando na cidade de Campina Grande.
Borborema situa-se na unidade geoambiental do Planalto da Borborema[5].

Clima

O Município de Borborema tem clima agradável, estando situado na mesorregião do Agreste Paraibano e na Microrregião do Brejo Paraibano. Com temperatura amenas e com período chuvoso entre os meses de abril e julho.

Vegetação

A vegetação é composta por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, características das áreas agrestes.

Recursos hídricos

O município de Borborema encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Mamanguape[5]. Cercada por rios e açudes belos, é recortada por rios perenes, porém de pequena vazão e o potencial de água subterrânea é baixo. Existe dentro de seu território duas barragens: Senador Humberto Lucena e Canafístula II, com capacidade de acumulação de 4.102.626 m3[5], servindo de abastecimento d'água para os municípios de: Bananeiras, Solânea, Araruna, Cacimba de Dentro, Damião, Pirpirituba.

Situação econômica

As atividades econômicas estão concentradas em três setores:
  1. Agricultura – Baseada no cultivo de várias espécies especificamente para a subsistência. As principais culturas são: o feijão,milho, mandioca, banana e algumas frutas e hortaliças.
  2. Pecuária- Voltada para a criação de bovinos, caprinos e aves para o abate e consumo local.
  3. Comércio - Centrado na compra e venda de produtos e mercadorias para consumo.O município conta com pequenas casas comerciais como padarias,mercadinhos, lojinhas, farmácias,etc, que atende a população local.

Política

Nas eleições de 2008 foi reeleito o senhor José Renato Eduardo dos Santos (Rei) do PMDB e os vereadores: Neuma de Fátima Leite Cardoso dos Santos, Joseilton da Costa Maranhão, José Robério dos Santos Costa, Edilson da Silva Beserra, Laércio Maia de Farias, Abelardo Targino da Fonseca Neto, Paula Frassinett Leite Sousa Ferreira, Ailton Maia Lucena e Eronides Pereira de Andrade, tendo como presidente da casa Severino Leite, vereador José Robério dos Santos Costa. Os prefeitos que sucederam no comando de Borborema foram:
1º- Antonio Barbosa da Costa (prefeito nomeado)
2º- Arlindo Rodrigues Ramalho
3º- Aristeu Uchoa Pinto
4º- Arlindo Rodrigues Ramalho
5º- José Florêncio de Lima
6º- José Amâncio Ramalho Júnior
7º- Severino Maria do Nascimento
8º- José Amâncio Ramalho Júnior
9º- José da Costa Maranhão
10º- José da Costa Maranhão (até 18 de novembro de 2004, afastado por improbidade administrativa por ordem do MM. Juiz de Direito da Comarca de Bananeiras - PB), o vice-prefeito: José Renato Eduardo dos Santos assumiu de 18/11 até 31 de dezembro de 2004.
11º- José Amâncio Ramalho Júnior (até 7 de agosto de 2006 quando veio a falecer), assumiu desde então o vice-prefeito: José Renato Eduardo dos Santos.
12º- José Renato Eduardo dos Santos.

Referências

  1. a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. Mapa da Confederação Nacional de Municípios
  3. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
  4. Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
  5. a b c d Diagnóstico do Município de Borborema (PDF). Projeto Águas Subterrâneas. Ministério das Minas e Energia (2005). Página visitada em 02 de novembro de 2010.
  6. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  7. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
  8. Borborema - PB (PDF). Documentação territorial do Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Página visitada em 03 de julho de 2010.

 Ligações externas

Boqueirão



Boqueirão

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Município de Boqueirão
"Cidade das Águas"
Boqueirão, A Cidade das Águas.

Boqueirão, A Cidade das Águas.
Bandeira desconhecida
Brasão desconhecido
Bandeira desconhecidaBrasão desconhecido
Hino
Aniversário30 de abril
Fundação1646
Gentílicoboqueirãoense
Prefeito(a)Carlos José Castro Marques
(2009–2012)
Localização
Localização de Boqueirão
Localização de Boqueirão na Paraíba
Boqueirão está localizado em: Brasil
Localização de Boqueirão no Brasil
08° 25' 35" S 36° 08' 06" O08° 25' 35" S 36° 08' 06" O
Unidade federativa Paraíba
MesorregiãoBorborema IBGE/2008 [1]
MicrorregiãoCariri Oriental IBGE/2008 [1]
Região metropolitanaCampina Grande
Municípios limítrofesCampina Grande, Caturité, Cabaceiras, Riacho de Santo Antônio e Barra de Santana.
Distância até a capital146 km
Características geográficas
Área424,646 km² [2]
População16 889 hab. IBGE/2010[3]
Densidade39,77 hab./km²
Altitude355 m
ClimaTropical Chuvoso, com verão seco.
Fuso horárioUTC−3
Indicadores
IDH0,608 médio PNUD/2000 [4]
PIBR$ 87 165,875 mil IBGE/2008[5]
PIB per capitaR$ 5 338,76 IBGE/2008[5]
Boqueirão, município no estado da Paraíba (Brasil). De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2006 sua população era estimada em 15.868 habitantes. Área territorial de 425 km².

Índice

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História

Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro
Boqueirão, cidade do interior paraibano, foi fundada por volta de 1664/65, por Antônio de Oliveira Lêdo, filho do Capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo e de sua primeira esposa, Isabel Paes, bandeirante, emigrante da Bahia, também Capitão, casado duas vezes, a primeira com Joana Batista Acióli, a segunda, com Emerenciana de Lucena.Ele foi também fazendeiro, possuidor de muito gado no sertão de Piranhas e no Cariri, e faleceu em 1751. Pai de cinco filhos, três do primeiro casamento e dois do segundo [1].
A família Oliveira Lêdo teve um papel crucial e diferenciador nas entradas de gado no sertão paraibano. Foram os Oliveira Lêdo os primeiros a se situarem no interior da Paraíba, a uma distância superior a 14 léguas de distância do mar.
A priori, se fixaram onde, atualmente, está localizada a cidade de Boqueirão, então denominada Carnoió, terra dos ferozes índios cariris. A fazenda dos Oliveira Lêdo tornou-se, então, o centro irradiador da ocupação do Sertão.
O Arraial de fundação do município, pouco tempo depois, serviu como ponto referencial para aqueles que procuravam passagens para explorar os sertões da Paraíba. O nome “Boqueirão”, que o Dicionário Aurélio define como [sm. 1. Bocarra; 2. Abertura em encosta marítima, rio ou canal], origina-se, justamente, de um grande corte que o rio Paraíba fez na serra de Cornoió.
Desde o tempo de sua fundação, tornou-se célebre a famosa missa de Natal neste município, pelo fato de arrastar centenas de pessoas para essa liturgia; o que, provavelmente, justificaria, dada a proximidade em datas, a tradição da tão famosa Festa de Janeiro de Boqueirão. Todavia, sobre a origem desta festa, existem apenas conjecturas e algumas versões que não atestam tal relação. Conta-se que nesta época, uma média de 300 km eram percorridos por gentes vindas do Piranhas e Piancó. Era a fé católico-cristã batendo nos corações nordestinos que buscavam o conforto para a vida e o encontro com Deus. Aliado a isso, o espírito festivo que imperava naquelas pessoas que ansiavam por encontros com familiares, com amigos e diversão as motivavam na busca de entretenimento.
Existem, ainda, no imaginário do cidadão boqueirãoense, muitas histórias, lendas e mitos, acerca da origem do município e seus personagens fundadores, bem como de muitas outras histórias de seus moradores e pessoas de alto prestígio social que passaram por Boqueirão. Tais histórias, ainda hoje, circulam nas rodas de conversa entre amigos que se reúnem no Mercado Público Municipal, histórias reais, ficcionais, tristes e engraçadas, enfim, “causos” que permanecem em aberto para estudos culturais.

Emancipação

Prefeitura de Boqueirão
A independência do município, no seu aspecto administrativo, ocorreu em 1959, embasada pela Lei n. 2.078 de 30 de abril, desmembrando-se da vizinha cidade de Cabaceiras e ficando formada por 5 distritos, a saber: Sede, Alcantil, Bodocongó, Caturité e Riacho Santo Antonio.
O município de Cabaceiras serviu apenas como limite para o município de Boqueirão, que estava adquirindo sua emancipação administrativa, consequentemente, uma vida própria para alocar individualmente seus recursos.

Geografia

Na classificação das microrregiões, Boqueirão encontra-se na microrregião dos Cariris Velhos, tendo por limites demarcatórios ou fronteiriços as cidades de Campina Grande, Caturité, Cabaceiras, Barra de Santana e Riacho de Santo Antônio. O seu comércio quando da emancipação política até bem próximo era normalmente feito em Campina Grande, entretanto, a maioria de seus produtos, que são exportados, vão para essa cidade, devido a sua demanda precisar destes produtos, que atendem muito bem àqueles que necessitam.
No aspecto demográfico, constata-se que, em 1960, a população do município era de 19.600 habitantes, com uma densidade demográfica de 15,99 hab/km². Para o ano de 1970 a densidade demográfica era de 20.92 hab/km². Do total da população 12.903 eram do sexo masculino e 13.404 do sexo feminino. Entretanto, na zona rural, viviam em 1970, 21.721 habitantes. Já em 1980 a população municipal era de 30.624 habitantes, sendo 14.874 do sexo masculino e 15.874 do sexo feminino. A densidade demográfica era de 24,36 hab/km². No total da população houve um crescimento apreciável no seu contingente, em todo o território municipal.
Atualmente, cobre uma área de 425 Km2, com uma população de 15. 877 habitantes, com densidade demográfica de 37,4 hab/km², segundo dados do IBGE/2006. No que se refere a acidentes geográficos, temos, em Boqueirão, a serra de Cornoió com 800 metros pertencente ao conjunto da serra da Borborema.

Clima

O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005[6]. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.
No tocante ao aspecto climático, verifica-se o clima quente e seco, com temperatura máxima em torno de 37º e mínima de 16º. O mês de março é o começo do inverno, que termina em julho de cada ano. Deste modo, considerando que tal projeção climática não fuja destas perspectivas meteorológicas, o clima da região acaba impulsionando uma economia de subsistência, no cultivo de uma agricultura rasteira e até uma atividade de pesca, que é a salvação daqueles que não tem condições de sobrevivência em outros lugares.

Economia

O município apresenta uma estrutura comercial bastante diversificada, com micro e pequenos empresários que investem tanto no comércio de bens de consumo quanto nas construções e moradias; como também, empresários do setor têxtil, tanto artesanal quanto industrial, como é o caso do comércio de tapetes e redes, e da confecção de roupas em jeans.
Com relação à produção artesanal de redes e cobertores, Boqueirão já foi conhecida como uma dos municípios mais ativos na produção e comercialização destes produtos. Todavia, sofreu, durante um longo período, um decréscimo considerável desta atividade comercial. Boqueirão, antes da emancipação política de seus distritos, cobria aproximadamente 1.257 km², no posto de 3º maior Município do Estado, em extensão territorial na Paraíba.

Agropecuária

Chegada da cidade, sentido Campina Grande-Boqueirão
Através do Projeto Cooperar, o Governo do Estado tem investido em Boqueirão, contemplando 241 famílias, assim distribuídos: agroindústria de Derivados de Cactus, no Sitio Moita; agroindústria de derivados de Cactus, no Sitio Moita, apoio ao artesanato no Sitio Tabuado; sistema de abastecimento d’água singelo no Sitio Tanques / Tanque Comprido; sistema de abastecimento d’água singelo nos sítios Olho d’água e Roberto; sistema de abastecimento d’água singelo, no Sítio Mineiro; e apoio a caprinocultura nos Sítios Carcará / Urubu. Em eletrificação rural, a previsão é de 64 ligações. O Governo também investe na construção de Matadouro Público na cidade.

Hidrografia

Açude Epitácio Pessoa

Pôr-do-sol em Boqueirão
Um estudo desenvolvido recentemente pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA) revelou que o volume hídrico acumulado no açude Epitácio Pessoa(Boqueirão) sofreu uma redução de 67,27% nos últimos 20 anos.
Neste mesmo período, segundo dados da pesquisa, o número de ligações de água em prédios residenciais e comerciais em Campina Grande, por exemplo, aumentou em 102,9%. As ligações de água nos prédios residenciais e comerciais passaram de 40.298, em 1983, para 81.796, em 2003.
A Represa Epitácio Pessoa, de acordo com dados do DNOCS, possui uma extensão 2 410 km², com um espelho d'água de 2 680 hectares, com capacidade máxima (sem ultrapassar a lâmina do vertedouro) de 381 036 000 m³. Construído entre os anos de 1951 e 1956, e inaugurado em 1957, já com mais de meio século de existência, portanto, é responsável pelo abastecimento de mais de 20 cidades.
Outros dados
Tipo de barragem: terra homogênea;
  • Altura máxima da barragem (incluindo fundação): 55,70 metros;
  • Extensão do coroamento: 347 metros;
  • Largura do coroamento: 8 metros;
Vertedouro (Sangradouro) Principal
Vertedouro (sangradouro):
  • principal - tipo soleira livre com 200 metros de largura;
  • auxiliar - 80 metros
  • descarga máxima de 2 610 000 m³ por segundo.
Cotas da soleira (altura): - sangradouro principal: 378,36 parte mais alta; 377,86 parte mais baixa. desnível de 0,50 cm de altura na lâmina do vertedouro.
- sangradouro auxiliar: 379,36 - diferença de 1 metro de altura em relação ao sangradouro principal.
Barragem auxiliar (Barragem do sangradouro):
  • tipo terra homogênea;
  • 7,50 m de altura;
  • 275 m de extensão;
  • 4 m de largura
Torre de Controle -32 metros
Galeria (túnel, comportas): dois tubos com raio de 3,75m e 210 m de extensão( da torre de controle ao rio), com vazão de 2, 240 m³ por segundo.
Não se pode deixar de mencionar que Boqueirão exerce uma importância fundamental na economia do Estado da Paraíba, tendo em vista que o açude Epitácio Pessoa acumula uma quantidade de água que beneficia não apenas sua população, mas a população das cidades circunvizinhas, além do que, é das águas do açude Epitácio Pessoa que Campina Grande “se apropria” de modo a suprir a energia necessária para o desenvolvimento da atividade econômica industrial e, inclusive, agrícola.
Todavia, existe, de acordo com o diretor do DNOCS em Boqueirão, Everaldo Jacobino de Moura, um fator preocupante: o assoreamento. Segundo ele, a batimeria (estudo do nível do assoreamento) feita no açude Epitácio Pessoa entre os anos de 1998 e 1999 revelou que, quando de sua fundação, o açude tinha a capacidade total de 535 680 000 m³, e, ao longo de meio século, esta capacidade foi reduzida para 411 686 287 m³. Ainda segundo Everaldo Jacobino de Moura, o DNOCS pretende avaliar a possibilidade de aumentar a extensão do sangradouro auxiliar, para não comprometer a barragem principal nem a auxiliar.

Cultura

A atividade cultural de Boqueirão, até bem pouco tempo atrás, concentrava-se apenas nas Quadrilhas Juninas e Festas de Padroeira animadas por grupos locais e pela Filarmônica Municipal, além da apresentação anual das peças teatrais da Paixão de Cristo e Natal. Além disso, também eram famosas as vaquejadas que contavam com a presença não apenas da vizinhança, mas, até mesmo, de pessoas vindas de outros Estados do Nordeste. As cantorias de violeiros também marcam as festas tradicionais do município, atividade esta ainda hoje realizada, todavia não muito valorizada pelo público.
Atualmente, Boqueirão exporta arte em todos os sentidos. São inúmeros os seus filhos que, pela Paraíba e pelo Nordeste como um todo, apresentam toda a riqueza de sua música (como é o caso do saxofonista Sarayva), dança, literatura, dramaturgia, etc. Podemos destacar a Filarmônica Municipal, o grupo Kiriri Band, a orquestra de frevo, as companhias de dança municipais, os grupos de chorinho, seus violonistas e, mais recentemente, seus escritores – poetas e poetisas, contistas e ensaístas.
Kiriri Jazz Band
O suporte da Prefeitura Municipal e dos Governos Estadual e Federal tem alavancado a produção cultural de Boqueirão, que realiza já há três anos o Balaio Cultural, que teve sua primeira edição em 2005 e, em 2007, sua segunda edição, que contou com cerca de 140 artistas vindos de vários estados brasileiros, como Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. No II Balaio Cultural, foram realizados espetáculos de dança, música, teatro, congresso de violeiros, além de seminários, oficinas de artes, feira de artesanato e exposição fotográfica. Destacaram-se, entre outros artistas, os professores André de Sousa, do Mato Grosso do Sul; Duda Braz, de São Paulo; Carlos Henrique, de Minas Gerais e Flávio Fortaleza, de Santa Catarina. A Paraíba esteve representada por grupos do próprio município e das cidades de Campina Grande, Alcantil, Cajazeiras, Sousa, Monteiro e Riacho de Santo Antônio.
De acordo com a avaliação dos organizadores, mais de 2.500 pessoas prestigiaram o acontecimento, com uma média de 500 participantes por noite, o que mostra a evolução cultural do município no cenário Paraibano e Nacional, sem sombra de dúvidas.
Boqueirão viu nascer, também em 2007, a “Parede poética”, evento que apresentou à sociedade boqueirãoense a literatura engajada do poeta e deputado Dunga Júnior [2], bem como as poesias de Paulo da Mata, Jane Luiz Gomes, Marilândia Pereira, Mirtes Waleska e Malcy Negreiros, bem como os contos, crônicas, poesias e outras produções literárias de Maxwell Fernandes Dantas e Kleber Brito.
A criação da ABES (Academia Boqueirãoense de Escritores), em meados de 2009, veio levantar a pedra fundamental da Literatura no município e inaugura uma nova fase na cultura do Cariri Paraibano. A ABES, desde 2010, realiza a FLIBO (Feira Literária de Boqueirão). Durante o mês de março, a efervescência literária boqueirãoense se concretiza na realização de palestras, oficinas literárias, exposição, divulgação e publicação de livros. Já passaram pelo evento nomes como Jessier Quirino (2010), Bráulio Tavares (2010 e 2011), Ronaldo Cunha Lima (2010) e Ariano Suassuna (2011).

Educação

Docentes

De Acordo com os dados do IBGE, em 2006, o município de Boqueirão apresentava um total de 276 docentes distribuídos da seguinte forma:
  • 193 docentes do ensino fundamental:
- 54 de escolas públicas estaduais;
- 118 de escolas públicas municipais;
- 21 de escolas privadas.
  • 59 docentes do ensino médio:
- 22 de escolas públicas estaduais;
- 37 municipais.
  • 24 docentes do ensino pré-escolar:
- 3 de escolas públicas estaduais;
- 8 de escolas públicas municipais;
- 13 de escolas privadas.
Estes dados não denotam "fidedignamente" a realidade do município no tocante ao número de docentes. O número é, hoje (em 2008), bem maior, considerando-se o aumento de jovens professores recém saídos das universidades e já inseridos no ensino público municipal e estadual, mediante contrato temporário.

Escolas

Com relação ao número de escolas no município, o IBGE também informa que, em 2006, o total de escolas era de 49 escolas assim distribuídas:
  • 33 escolas de ensino fundamental:
- 5 escolas públicas estaduais;
- 26 escolas públicas municipais;
- 2 escolas privadas.
  • 4 escolas de ensino médio:
- 2 escolas públicas estaduais;
- 2 escolas públicas municipais.
  • 12 escolas de ensino pré-escolar:
- 2 escolas públicas estaduais;
- 7 escolas públicas municipais;
- 3 escolas privadas.
Do mesmo modo, como ocorreu com relação aos docentes, os dados das escolas hoje (em 2008) apresentam considerável diferença, uma dessas mudanças é a diminuição de escolas públicas municipais de ensino médio, pois a Escola Municipal Agropecuária atende hoje apenas aos alunos de ensino fundamental, ficando sob a responsabilidade do Estado as Escolas de ensino médio.

Referências

  1. a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
  3. Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
  4. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  5. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
  6. Ministério da Integração Nacional, 2005. Nova delimitação do semiárido brasileiro.

Ligações externas

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