3 de fevereiro de 2009

Pascoal Ranieri Mazzili




Pascoal Ranieri Mazzili



(1910 - 1975)



Político brasileiro nascido em Caconde, SP, que como presidente da Câmara dos Deputados, assumiu cinco vezes a presidência interina da república, em impedimentos simultâneos do presidente e do vice-presidente. Coletor fiscal no interior paulista, transferiu-se para o Rio de Janeiro, RJ, onde se formou em direito (1940) e deu início a sua atuação política filiando-se ao Partido Social Democrático, o PSD. Nomeado diretor da Caixa Econômica Federal (1947), elegeu-se deputado federal por São Paulo (1950) e assumiu a liderança da bancada do PSD. Neste mandato tornou-se autor das leis de reorganização da Bolsa de Valores e de isenção de impostos na importação de obras de arte. Reeleito (1954/1958), presidiu a Câmara (1959-1965). Assumiu a presidência da república pela primeira vez em agosto quando Juscelino Kubitschek visitou Portugal (1960), por impedimento de João Goulart, então candidato à reeleição, Depois foi interino após a renúncia de Jânio Quadros (1961), pois o vice-presidente Goulart estava na China, durante o governo Goulart em abril (1962) e julho (1963), durante viagens do presidente ao exterior; e finalmente em abril (1964), com após deposição de Goulart. Morreu em São Paulo, SP, em 21 de abril.
Figura copiada do site oficial da


PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


João Belchior Marques Goulart, o Jango




João Belchior Marques Goulart, o Jango


Vice Presidente



(1919 - 1976)



Presidente da república brasileira (1961-1964) nascido em São Borja RS, cuja presidência foi uma das mais instáveis da história brasileira, marcada por forte confrontação ideológica, que culminou com sua deposição pelo golpe militar de 31 de março(1964). De uma família de fazendeiros, formou-se em direito (1939), em Porto Alegre. Deposto, Getúlio Vargas passou a residir em São Borja, e com essa proximidade tornou-se amigo íntimo do ex-presidente, a quem sempre visitava, na fazenda Santos Reis (1945-1950). Eleito deputado estadual, colaborou ativamente para a vitória de Vargas na eleição presidencial (1950). Depois foi deputado federal, presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB, e ministro do Trabalho, Indústria e Comércio (1953-1954), onde ganhou a imagem de defensor das causas populares. Foi eleito vice-presidente da república duas vezes consecutivas, nos governos de Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros. Com a renúncia de Jânio (1961), depois de muitas celeuma por causa de suas tendências esquerdistas e do movimento de resistência organizada, no estado do Rio Grande do Sul, organizado por seu cunhado, o governador Leonel Brizola, com o apoio do III Exército, pode enfim assumir o governo, porém só após o Congresso aprovar uma emenda constitucional que estabeleceu o sistema parlamentarista de governo, restringindo dessa maneira os poderes do presidente. Compôs o primeiro gabinete parlamentarista, chefiado por Tancredo Neves e iniciou uma campanha por um plebiscito sobre o sistema de governo, previsto no Ato Adicional que mudara o regime. Com a chamada emenda Valadares, o plebiscito foi realizado em 6 de janeiro (1963), confirmando a volta do presidencialismo com mais de oitenta por cento dos votos. Deu início, então as chamadas reformas de base (agrária, fiscal, política e universitária), visando à modernização das estruturas políticas, econômicas e sociais e a solucionar os problemas da inflação e do pauperismo. O confronto ideológico entre esquerda e direita, as greves sucessivas, a corrupção administrativa, a desconfiança na boa-fé do chefe do governo e o estímulo à indisciplina nos baixos escalões das forças armadas levaram amplos setores militares e das classes conservadoras, bem como a maioria do Congresso, a tomar posição contra o presidente. Com um golpe militar em 31 de março, o presidente foi deposto (1964) e teve os direitos políticos suspensos por dez anos, asilando-se no Uruguai. Morreu no exílio, em sua estância de La Vella, perto de Mercedes, Argentina, e foi sepultado em São Borja.
Figura copiada do site oficial do PDT:


Jânio da Silva Quadros




Jânio da Silva Quadros



(1917 - 1992)



Presidente da república brasileira (1961) nascido em Campo Grande, MS, que alcançou a presidência da república (1961) após uma meteórica ascensão política e provocou uma das mais graves crises políticas da história do país que culminou com o golpe militar de março (1964), após renunciar seis meses depois da posse. após morar em Curitiba e depois para São Paulo, onde graduou-se em direito (1939). Professor do colégio Dante Alighieri e estimulado pelos alunos e pais destes, inscreveu-se pelo Partido Democrata Cristão, o PDC, e elegeu-se suplente (1948) e, posteriormente, foi levado à Câmara firmando-se como opositor do então governador do estado, Ademar de Barros. Deputado estadual mais votado (1951), depois foi eleito para prefeito da capital (1953), quando adotou a vassoura como símbolo, com a qual prometia pôr fim à corrupção no país. Investindo em transporte, saneamento e educação, foi eleito governador (1954), onde ganhou fama nacional. Eleito deputado pelo Paraná, preparou-se para disputar as eleições presidenciais e fez com a família uma longa viagem ao exterior onde manteve contatos com grandes líderes mundiais como Mao Zedong (Mao Tsé-tung), Khrutchev, Nehru, Nasser, Tito e Ben Gurion, entre outros. Candidato à presidência pela União Democrática Nacional, a UDN, e foi eleito em 3 de outubro (1960). No poder, depois de de seis meses de uma atribulada gestão recheada de medidas extravagantes como a proibição de brigas de galo e corridas de cavalo nos dias úteis e o uso de biquínis nas praias. Na política, apesar de se dizer anticomunista, reatou relações com países socialistas, ao mesmo tempo que suas relações com os políticos se deterioraram, especialmente com o poderoso governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda, dono do jornal Tribuna da Imprensa, que o acusou de tramar um golpe de estado para se transformar em ditador. No dia seguinte, 25 de agosto, o presidente, surpreendentemente, apresentou sua renúncia em um gesto em que aparentemente pretendia, baseado em sua força popular, voltar ao poder, fechar o Congresso e se firmar como ditador. Definitivamente afastado do poder, viajou para o exterior. Derrotado para o governo de São Paulo (1962), após o golpe militar teve seus direitos políticos cassados (1964). Após se manifestar contra o regime (1968), foi confinado em Corumbá, MT, durante 120 dias, por ordem do marechal-presidente Costa e Silva, que exercia a presidência da república. Depois dedicou-se à literatura, à pintura e à música. Recuperado os direitos políticos novamente foi derrotado na disputa pelo governo de São Paulo (1982), mas teve sucesso para prefeito da capital paulista (1985), pelo PTB, derrotando surpreendentemente o então favorito Fernando Henrique Cardoso, futuro presidente da república. Depois do término do mandato aposentou-se politicamente e morreu em São Paulo, em 16 de fevereiro. Na sua produção literária destacaram-se os livros Curso prático da língua portuguesa e sua literatura (1966), História do povo brasileiro (1967) e, em parceria com Afonso Arinos, Quinze contos (1983).
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:


João Belchior Marques Goulart, o Jango




João Belchior Marques Goulart, o Jango


Vice Presidente



(1919 - 1976)



Presidente da república brasileira (1961-1964) nascido em São Borja RS, cuja presidência foi uma das mais instáveis da história brasileira, marcada por forte confrontação ideológica, que culminou com sua deposição pelo golpe militar de 31 de março(1964). De uma família de fazendeiros, formou-se em direito (1939), em Porto Alegre. Deposto, Getúlio Vargas passou a residir em São Borja, e com essa proximidade tornou-se amigo íntimo do ex-presidente, a quem sempre visitava, na fazenda Santos Reis (1945-1950). Eleito deputado estadual, colaborou ativamente para a vitória de Vargas na eleição presidencial (1950). Depois foi deputado federal, presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB, e ministro do Trabalho, Indústria e Comércio (1953-1954), onde ganhou a imagem de defensor das causas populares. Foi eleito vice-presidente da república duas vezes consecutivas, nos governos de Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros. Com a renúncia de Jânio (1961), depois de muitas celeuma por causa de suas tendências esquerdistas e do movimento de resistência organizada, no estado do Rio Grande do Sul, organizado por seu cunhado, o governador Leonel Brizola, com o apoio do III Exército, pode enfim assumir o governo, porém só após o Congresso aprovar uma emenda constitucional que estabeleceu o sistema parlamentarista de governo, restringindo dessa maneira os poderes do presidente. Compôs o primeiro gabinete parlamentarista, chefiado por Tancredo Neves e iniciou uma campanha por um plebiscito sobre o sistema de governo, previsto no Ato Adicional que mudara o regime. Com a chamada emenda Valadares, o plebiscito foi realizado em 6 de janeiro (1963), confirmando a volta do presidencialismo com mais de oitenta por cento dos votos. Deu início, então as chamadas reformas de base (agrária, fiscal, política e universitária), visando à modernização das estruturas políticas, econômicas e sociais e a solucionar os problemas da inflação e do pauperismo. O confronto ideológico entre esquerda e direita, as greves sucessivas, a corrupção administrativa, a desconfiança na boa-fé do chefe do governo e o estímulo à indisciplina nos baixos escalões das forças armadas levaram amplos setores militares e das classes conservadoras, bem como a maioria do Congresso, a tomar posição contra o presidente. Com um golpe militar em 31 de março, o presidente foi deposto (1964) e teve os direitos políticos suspensos por dez anos, asilando-se no Uruguai. Morreu no exílio, em sua estância de La Vella, perto de Mercedes, Argentina, e foi sepultado em São Borja.
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Juscelino Kubitschek de Oliveira




Juscelino Kubitschek de Oliveira



(1902 - 1976)



Presidente da república brasileira (1956-1960) nascido em Diamantina, MG, cujo feito mais notável foi a construção de Brasília no planalto Central e para lá transferiu a capital federal, inaugurada em 21 de abril (1960). Filho de um caixeiro-viajante e de uma professora pública, ficou órfão de pai aos três anos de idade. Estudou no seminário de Diamantina e concluiu o curso de medicina em Belo Horizonte (1927) trabalhando como telegrafista do serviço público, cargo no qual ingressara por concurso (1921). Estudou cirurgia em Paris com o professor Maurice Chevassu e estagiou no hospital Charité de Berlim (1930). De volta à Minas Gerais, casou-se com Sara Lemos (1931) e foi nomeado capitão-médico da polícia mineira, chefiando o hospital de sangue de Passa Quatro, MG, onde distinguiu-se como cirurgião durante a revolução (1932). Ingressou na política como chefe de gabinete de Benedito Valadares, na ocasião interventor federal em Minas Gerais (1934) e, no mesmo ano, elegeu-se deputado federal, mas perdeu o mandato (1937) com o advento do Estado Novo. Trabalhando como médico foi prefeito de Belo Horizonte (1940-1945), numa administração, que projetou o nome então desconhecido de Oscar Niemeyer, com as obras do bairro de Pampulha. Eleito deputado federal pelo PSD (1946) e governador de Minas Gerais (1950), criou as Centrais Elétricas de Minas Gerais, a Cemig, e construiu cinco usinas para a produção de energia elétrica, elevando em trinta vezes o potencial instalado do estado. Com o apoio do PSD e do PTB, e com a oposição na União Democrática Nacional (UDN) e de alguns setores militares, foi eleito presidente da república (1955), mas sua posse só foi garantida após a intervenção do então Ministro da Guerra, General Teixeira Lott, em novembro daquele ano. Com o propósito de realizar um vasto programa de desenvolvimento econômico, energia e transporte, implantação das indústrias automobilística e de construção naval, além de incentivos à industrialização e à exportação de minérios. Construiu duas usinas hidrelétricas, Três Marias e Furnas, a abertura de rodovias e a pavimentação das já existentes, como a ligação por estrada asfaltada entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte e a construção das estradas Belo Horizonte-Brasília, Belém-Brasília e Brasília-Acre. Formulou também nova política social e econômica para a região Nordeste. Porém a mudança da capital para o planalto Central, prevista nas disposições transitórias da constituição (1946), foi considerada a síntese de suas metas, símbolo da ampliação das fronteiras e do início da integração da Amazônia na vida brasileira. Entrou em confronto com as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI), por causa de sua política de investimentos, mas a sensação de progresso despertada no país, fez de seu governo um marco de popularidade. Após passar o governo para Jânio Quadros e elegeu-se senador por Goiás, foi indicado pela convenção nacional do PSD (1964), porém o governo militar cassou seu mandato e suspendeu seus direitos políticos por dez anos. Exilado, viveu em Nova York e depois em Paris. De volta ao Brasil, ingressou na empresa privada e começou a escrever suas memórias, intituladas Meu caminho para Brasília, em cinco volumes, e tornou-se membro da Academia Mineira de Letras (1975). Morreu num acidente de automóvel, perto de Resende, Rio de Janeiro, quando viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro, a 22 de agosto.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:




Carlos Coimbra da Luz




Carlos Coimbra da Luz



(1894 - 1961)



Presidente interino da república brasileira (1955) nascido em Três Corações MG, que substituiu João Café Filho durante três dias e foi deposto no bojo de uma crise político-militar. Formado em direito, foi delegado de polícia e promotor público, cargo que abandonou para se dedicar à advocacia e ao jornalismo. Foi eleito deputado à Assembléia Nacional Constituinte (1945) e ocupou a pasta da Justiça no governo Eurico Gaspar Dutra. Em sua gestão ministerial foram fechados os cassinos e proscrito o Partido Comunista Brasileiro, cujos membros tiveram seus mandatos cassados. Reeleito deputado federal mais quatro vezes, tornou-se presidente da Câmara (1954), tornando-se o substituto legal do presidente em exercício Café Filho que, depois do suicídio de Getúlio Vargas, exercia a presidência. Com o afastamento por motivo de saúde de Café Filho, foi empossado presidente em 8 de novembro, mas no dia 11 foi, juntamente com o presidente licenciado, declarado impedido de continuar na presidência, sob a acusação de participar de uma conspiração para não passar o poder ao presidente eleito, Juscelino Kubitschek, e foi substituído pelo vice-presidente do Senado, Nereu Ramos que apoiado pelo então ministro da Guerra, general Teixeira Lott, garantiu a passagem do poder ao presidente Kubitschek, eleito para o período seguinte. Faleceu no Rio de Janeiro, em 9 de fevereiro.
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João Fernandes Café Filho




João Fernandes Café Filho



(1899 - 1970)



Presidente da república brasileira (1954-1955) nascido em Natal, RN, que após afastamento para tratamento de saúde foi impedido por, um movimento militar de reassumir a presidência. Trabalhou na atividade jornalística nos estados de Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e na capital, Rio de Janeiro, quando se envolveu na campanha da Aliança Liberal. Com a vitória da revolução (1930) tornou-se chefe de polícia em seu estado e foi eleito deputado federal (1934). Combatendo a restrição às liberdades constitucionais em oposição ao governo de Getúlio Vargas, exilou-se na Argentina após a instituição do Estado Novo, mas voltou ao Brasil no ano seguinte (1938). Com o fim do Estado Novo elegeu-se novamente deputado federal (1945) pelo Partido Social Progressista, para a Assembléia Constituinte. Aliou-se a Getulio e foi eleito vice-presidente (1950). Conservador, defendeu a Petrobrás, mas se opôs ao intervencionismo estatal na economia e o que considerava excessos da legislação trabalhista. Na crise de agosto (1954), propôs a renúncia do presidente e do vice. Com o suicídio de Getúlio, exerceu a presidência por pouco mais de um ano, até sofrer um ataque de coração e ser obrigado a passar o governo temporariamente ao presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz. Tentou retornar ao poder, mas foi impedido por um golpe militar liderado pelo general Henrique Teixeira Lott, então ministro da Guerra. O general Teixeira Lott, que defendia a posse do presidente eleito para o período seguinte Juscelino Kubitschek e do vice João Goulart, declarou Carlos Luz e o presidente licenciado impedidos e passou o governo ao vice-presidente do Senado, Nereu Ramos. "Deposto" deixou a política e já na década seguinte, foi nomeado pelo governador Carlos Lacerda ministro do Tribunal de Contas do Estado da Guanabara (1961). Faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de fevereiro.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: