2 de fevereiro de 2009

Nilo Procópio Peçanha




Nilo Procópio Peçanha



(1867 - 1924)



Presidente da república brasileira (1909-1910) nascido em Campos dos Goitacases, RJ, que como presidente da república, procurou manter-se neutro durante a disputada campanha eleitoral entre Hermes da Fonseca e Rui Barbosa, pela sua sucessão. Filho de camponeses humildes, formou-se pela Faculdade de Direito de Recife, PE (1887), onde depois criou um escritório de advocacia. Atraído pela política, fundou, com Francisco Portela, o Clube Republicano de Campos e foi membro do Congresso Constituinte (1890-1891) e da primeira legislatura do Congresso Nacional. Reeleito sucessivamente, foi eleito presidente do estado do Rio de Janeiro (1903), onde se mostrou um administrador dinâmico e eficiente. Compondo como vice a chapa vitoriosa de Afonso Pena, assumiu a presidência com a morte do titular. Após passar o governo para o eleito Hermes Rodrigues da Fonseca, foi para Europa (1910-1912), só voltando para assumir a cadeira de senador pelo Rio de Janeiro. Eleito presidente do estado do Rio de Janeiro (1914), antes do término do mandato foi nomeado para o Ministério das Relações Exteriores (1917). Formou uma chapa oposicionista com José Joaquim Seabra, presidente da Bahia, com o apoio dos maçônicos da Grande Oriente do Brasil, na chamada Reação Republicana (1921), contra o candidato das correntes oficiais, Artur Bernardes, presidente de Minas Gerais, apoiado pela Igreja Católica, e foi derrotado (1922). Publicou os livros Impressões da Europa (1913), com suas observações sobre a primeira viagem ao exterior, e Política, economia e finanças (1922), com os discursos de campanha da Reação Republicana, e morreu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de março.
Figura copiada do site oficial da


PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:



Afonso Augusto Moreira Pena


(1847 - 1909)


Presidente da república brasileira (1906-1909) nascido em Santa Bárbara, MG, que desenvolveu um governo caracteristicamente menos político e mais administrador. Estudou no Colégio Caraça, dos padres lazaristas, em Minas Gerais, e bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo (1870), onde foi colega de Rodrigues Alves, Rui Barbosa e Castro Alves. Inicialmente dedicado à magistratura, voltou-se para a carreira política e foi deputado provincial e, por quatro vezes deputado geral pelo Partido Liberal (1878-1889). Com a subida dos liberais ao poder (1878), foi ministro da Guerra, da Agricultura e da Justiça. Com a proclamação da república, tomou parte na Assembléia Constituinte mineira e foi relator da constituição estadual. Renunciou ao mandato de deputado em protesto contra a dissolução do Congresso Nacional pelo marechal Deodoro da Fonseca e apoiou Floriano Peixoto contra o então presidente, defendendo firmemente a realização de eleições normais, o que contribuiu decisivamente para que a república retornasse à normalidade constitucional. Com o afastamento de Cesário Alvim da presidência de Minas Gerais, foi eleito para completar seu mandato e tomou a iniciativa de transferir a sede do governo da então capital Ouro Preto, para Curral del-Rei, onde deu início a construção da nova capital, Belo Horizonte (1894), a primeira cidade brasileira totalmente planejada e com toda a infraestrutura urbana projetada. Fundou a Faculdade de Direito de Minas Gerais, onde foi professor durante o período em que governou a província. Ocupou a presidência do Banco do Brasil, no mandato de Prudente de Morais, e a presidência do conselho deliberativo de Belo Horizonte (1900), cargo correspondente ao hoje de prefeito. Com a morte de Francisco Silviano de Almeida Brandão, eleito mas não empossado, elegeu-se vice-presidente da república (1902-1906). Sem oposição elegeu-se presidente da república (1905) com Nilo Peçanha, para a sucessão de Rodrigues Alves. Viajou por todos os estados litorâneos brasileiros, ouvindo os governos locais e a opinião pública e deu ênfase às questões econômicas. Incentivou a imigração como meta de povoamento e colonização, promoveu o crescimento industrial, reformou o sistema monetário, por intermédio da Caixa de Conversão, facilitando o câmbio com moedas estrangeiras como marcos, francos, liras, dólares e libras esterlinas. Fomentou a construção de ferrovias e apoiou a obra de penetração de Rondon, encarregado-o de ligar por telégrafo a Amazônia à capital da república (1907). Criou também o Serviço Geológico e Mineralógico, para pesquisa e aproveitamento das riquezas minerais do país. Sua maneira de tratar a política em segundo plano provocou uma grave crise sucessória, gerando a famosa campanha civilista. Em plena crise, após rápida enfermidade, morreu no palácio do Catete, no Rio de Janeiro, em 14 de junho.
Figura copiada do site oficial da

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:

https://www.presidencia.gov.br/



Afonso Augusto Moreira Pena


(1847 - 1909)



Presidente da república brasileira (1906-1909) nascido em Santa Bárbara, MG, que desenvolveu um governo caracteristicamente menos político e mais administrador. Estudou no Colégio Caraça, dos padres lazaristas, em Minas Gerais, e bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo (1870), onde foi colega de Rodrigues Alves, Rui Barbosa e Castro Alves. Inicialmente dedicado à magistratura, voltou-se para a carreira política e foi deputado provincial e, por quatro vezes deputado geral pelo Partido Liberal (1878-1889). Com a subida dos liberais ao poder (1878), foi ministro da Guerra, da Agricultura e da Justiça. Com a proclamação da república, tomou parte na Assembléia Constituinte mineira e foi relator da constituição estadual. Renunciou ao mandato de deputado em protesto contra a dissolução do Congresso Nacional pelo marechal Deodoro da Fonseca e apoiou Floriano Peixoto contra o então presidente, defendendo firmemente a realização de eleições normais, o que contribuiu decisivamente para que a república retornasse à normalidade constitucional. Com o afastamento de Cesário Alvim da presidência de Minas Gerais, foi eleito para completar seu mandato e tomou a iniciativa de transferir a sede do governo da então capital Ouro Preto, para Curral del-Rei, onde deu início a construção da nova capital, Belo Horizonte (1894), a primeira cidade brasileira totalmente planejada e com toda a infraestrutura urbana projetada. Fundou a Faculdade de Direito de Minas Gerais, onde foi professor durante o período em que governou a província. Ocupou a presidência do Banco do Brasil, no mandato de Prudente de Morais, e a presidência do conselho deliberativo de Belo Horizonte (1900), cargo correspondente ao hoje de prefeito. Com a morte de Francisco Silviano de Almeida Brandão, eleito mas não empossado, elegeu-se vice-presidente da república (1902-1906). Sem oposição elegeu-se presidente da república (1905) com Nilo Peçanha, para a sucessão de Rodrigues Alves. Viajou por todos os estados litorâneos brasileiros, ouvindo os governos locais e a opinião pública e deu ênfase às questões econômicas. Incentivou a imigração como meta de povoamento e colonização, promoveu o crescimento industrial, reformou o sistema monetário, por intermédio da Caixa de Conversão, facilitando o câmbio com moedas estrangeiras como marcos, francos, liras, dólares e libras esterlinas. Fomentou a construção de ferrovias e apoiou a obra de penetração de Rondon, encarregado-o de ligar por telégrafo a Amazônia à capital da república (1907). Criou também o Serviço Geológico e Mineralógico, para pesquisa e aproveitamento das riquezas minerais do país. Sua maneira de tratar a política em segundo plano provocou uma grave crise sucessória, gerando a famosa campanha civilista. Em plena crise, após rápida enfermidade, morreu no palácio do Catete, no Rio de Janeiro, em 14 de junho.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:





Francisco de Paula Rodrigues Alves



(1848 - 1919)



Presidente da república brasileira (1902-1906) nascido em Guaratinguetá, SP, primeiro político brasileiro a ser duas vezes eleito presidente do país. Estudou no internato do Colégio Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro (1859-1865) e graduou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo (1870). Filiado ao Partido Conservador, elegeu-se deputado provincial em três mandatos, deputado-geral em dois mandatos e presidente da província de São Paulo (1887-1888). Aderiu ao regime a republicano e tornou-se deputado constituinte (1890). Ministro da Fazenda (1890-1892). elegeu-se senador (1893) e voltou ao Ministério da Fazenda no governo de Prudente de Morais. Novamente senador (1897) e governador do estado de São Paulo (1900), candidatou-se e, vitorioso, sucedeu a Campos Sales na presidência da república (1902), onde desenvolveu um mandato histórico por importantes empreendimentos. Apoiou a campanha de erradicação e saneamento da febre amarela do Rio de Janeiro, sob o comando de Osvaldo Cruz, a remodelação da capital federal, a cargo do prefeito Pereira Passos, e a construção do porto e da avenida Central, mais tarde avenida Rio Branco, obras executadas por Lauro Müller. Na política externa, contou com a atuação destacada do barão do Rio Branco, que solucionou a questão do Acre com a assinatura do Tratado de Petrópolis (1903). No campo econômico, procurou disciplinar as finanças e manter o câmbio a taxa fixa e promoveu à reforma do Banco da República, transformado em Banco do Brasil (1905). Depois de um afastamento temporário da política assumiu o governo de São Paulo (1912-1916) e.elegeu-se novamente para o Senado (1916). Eleito novamente para a presidência da república (1918), não chegou a ser empossado, pois, vítima da gripe espanhola, morreu no Rio de Janeiro, em 16 de janeiro do ano seguinte e a presidência foi assumida, então, pelo vice-presidente eleito, Delfim Moreira.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:





Francisco de Assis Rosa e Silva



(1857 - 1929)



Presidente interino da república brasileira (1900) nascido em Recife, PE, que como vice-presidente da república no governo Campos Sales, ocupou a presidência, interinamente, de 17 de outubro a 8 de novembro (1900), durante viagem do titular à Argentina. Diplomado bacharel pela Faculdade de Direito de Recife (1877), onde também obteve o grau de doutor (1879). Esteve na Europa (1880-1881) e, de volta ao Brasil, ingressou na política, filiando-se ao Partido Conservador. Elegeu-se deputado provincial em três legislaturas consecutivas (1882-1887) e deputado por Pernambuco (1886-1889), na última legislatura do império. Foi Ministro da Justiça no último anodo império, no gabinete da abolição (1889), mas aderiu ao novo regime e participou do Congresso Constituinte (1890-1891). Defendeu o sistema parlamentarista e uma maior representação para os estados do Norte. Um dos fundadores do Partido Republicano Federal, sob a chefia de Francisco Glicério, presidiu a Câmara dos Deputados (1896). Eleito senador federal (1896), tornou-se companheiro da vitoriosa chapa de Campos Sales, como vice-presidente da república (1898). Reeleito senador (1902), apresentou projeto para assegurar a representação das minorias, o qual se transformou na lei de voto cumulativo, a Lei Rosa e Silva (Lei nº 1.269, 1904). Elegeu-se governador de Pernambuco (1911), porém a Assembléia Legislativa proclamou eleito o opositor general Dantas Barreto, com o apoio de Pinheiro Machado. Reconciliado com Pinheiro Machado, ainda se elegeu novamente para o Senado (1915/1918/1924) e morreu no Rio de Janeiro RJ em 1º de julho.
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FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO:





Manuel Ferraz de Campos Sales



(1841 - 1913)



Presidente da república brasileira (1898-1902) nascido em Campinas, SP, cuja política conservadora não foi das mais populares, porém se mostrou eficaz na obtenção de créditos internacionais e no saneamento das finanças. De uma rica família de fazendeiros de café, formou-se em direito em São Paulo (1863) e filiou-se ao Partido Liberal. Um dos promotores da convenção de Itu, que organizou o Partido Republicano Paulista (1873), elegeu-se deputado geral (1885). Com a proclamação da república, tornou-se o primeiro ministro da Justiça do governo de Deodoro da Fonseca. Assumiu o governo de São Paulo (1894) e foi eleito presidente da república (1898), com o apoio da chamada concentração, grupo formado pelas bancadas dos grandes estados, dissidentes do Partido Republicano Federal. Seu governo enfrentou uma séria crise econômica e sua política financeira acarretou numerosas falências, acompanhada de manifestações de protesto estudantis e operárias, mas através de uma rigorosa política deflacionária instituiu a contenção das despesas públicas e cumpriu o pagamento da dívida externa nos termos do empréstimo de consolidação acertado no governo de Prudente de Morais. Na política interna reduziu as chances da oposição, favorecendo as vitórias parlamentares de oligarquias estaduais aliadas. Na política externa, o fato mais importante foi o retorno à vida pública de Joaquim Nabuco, como advogado do Brasil na questão da Guiana Inglesa e a nomeação do barão do Rio Branco como embaixador em Berlim, depois de ter resolvido a questão do Amapá. Entregou o governo ao eleito Rodrigues Alves com o crédito internacional reestabelecido e com o país em condições de desenvolver um programa de modernização. Morreu em Santos, SP.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:





Prudente José de Morais Barros



(1841 - 1902)



Presidente da república brasileira nascido nos arredores de Itu, SP, primeiro presidente civil do Brasil (1894-1898) e primeiro a ser eleito por sufrágio universal. Com menos de três anos perdeu o pai, comerciante de animais, assassinado por um escravo. Após o segundo casamento da mãe, passou a residir na cidade, onde concluiu o curso primário. Graduou-se em direito em São Paulo, SP (1863) e transferiu-se para Piracicaba, SP, onde iniciou a carreira política. Eleito vereador (1865) pelo Partido Liberal, presidiu a Câmara Municipal e (1876) declarou-se republicano, tendência que representou na Assembléia Provincial e depois na Assembléia Geral do império (1885). Proclamada a república, foi um dos integrantes da junta de governo de São Paulo e governador (1889-1890). Elegeu-se em seguida senador e presidiu a constituinte (1890-1891) e disputou numa eleição indireta, e perdeu, a presidência da república para Deodoro da Fonseca. Depois presidiu o Senado até o fim do mandato e tornou-se sucessor de Floriano Peixoto, candidato pelo Partido Republicano Federal. Assumiu (1894), durante a guerra civil que só findou no ano seguinte, e dedicou todos os seus esforços à pacificação das facções, que tinham em seus extremos os defensores do governo forte de Floriano e os partidários da monarquia. Enfrentou a ocupação da ilha da Trindade pelo Reino Unido e a revolta da Escola Militar (1896) fechando a escola e o clube militar. Combateu na Bahia os amotinados de Antônio Conselheiro, mas obrigado a submeter-se a uma cirurgia, passou o cargo ao vice-presidente, Manuel Vitorino Pereira. Na volta ao governo nomeou ministro da Guerra o general Carlos Machado Bittencourt, que derrotou os fanáticos, mas morreu em um atentado, em Salvador. Obtida a paz interna, o que lhe deu grande popularidade ao fim do mandato, negociou com os banqueiros ingleses a consolidação da dívida externa, operação financeira que ficou conhecida como funding loan, com seus ministros da Fazenda, Rodrigues Alves e Bernardino de Campos, base da política executada por Joaquim Murtinho no governo de Manuel Ferraz do Campos Sales. Após deixar a presidência, retirou-se para Piracicaba, onde morreu.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: