5 de julho de 2008

Namorar


Namorar

Que fascínio é namorar!
Andar abraçadinhos a passear,
Beijar na boca, se acariciar,
Agradar, só por agradar.

O namoro é a maga fase
Da puberdade da relação,
É quando palmilhamos a nossa
Mais íntima e intrínseca descoberta.

É o sentimento do firmamento,
A formação da convicção
De que somos um par, ou não.
Em verdade, a corte é o tempo
E o templo da contemplação.

É o coração de porta aberta,
Como semideus da adoração,
Enfim, é a prefação da paixão

O namoro é ainda, a câmara
Que ensaia o romantismo,
Que nos checa o proceder,
Que nos revela um ao outro,
Que mostra como vamos ser:
Como vamos nos portar e
Importar com aquela a quem
Vamos amar.

O ideal seria noivar sem perder o cativar, E casar sem perder o entusiasmar
O namoro não devia, jamais terminar.
O noivar, seria o namoro maduro,
O casar, o namoro eterno
As bodas de prata e as de ouro,
Seriam apenas, aniversários do namorar!

(Autoria: Antônio Poeta)



Me faça sentir

derreter o sangue de meu corpo
sua boca me aquecendo,
os passeios da sua língua
a explorar cada canto do meu corpo.
Sentir você dentro de mim
me enlouquecendo
sentir você por inteiro
Ouvir seus gemidos de prazer
sentir seu corpo, sentir seu calor
Deixa o meu corpo delirar de prazer
Fazer-lhe meu homem, ser sua fêmea
Me faça amanhecer
em gozo, serena e mulher.

Glácia Daibert

MÃOS À OBRA


MÃOS À OBRA

''Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais ,
cada um de vós tem salmo, tem doutrina,
tem revelação, tem língua, tem interpretação.
Faça-se tudo para edificação. (I Coríntios, 14:26)





A Igreja de Coríntio lutava com certas dificuldades mais fortes, quando Paulo lhe escreveu a observação aqui transcrita.
O conteúdo da carta apreciava diversos problemas espirituais dos companheiros do Peloponeso, mas podemos insular o versículo e aplicá-lo a certas situações dos novos agrupamentos cristãos, formados no ambiente do Espiritismo, na revivescência do Evangelho.
Quase sempre notamos intensa preocupação nos trabalhadores, por novidades em fenomenologia e revelação.
Alguns núcleos costumam paralisar atividades quando não dispõem de médiuns adestrados.
Por quê?
Médium algum solucionará, em definitivo, o problema fundamental da iluminação dos companheiros.
Nossa tarefa espiritual seria absurda se estivesse circunscrita à frequência mecânica de muitos, a um centro qualquer, simplesmente para assinalarem o esforço de alguns poucos.
Convençam-se os discípulos de que o trabalho e a realização pertencem a todos e que é imprescindível se movimente cada qual no serviço edificante que lhe compete. Ninguém alegue ausência de novidades, quando vultosas concessões da esfera superior aguardam a firme decisão do aprendiz de boa- vontade, no sentido de conhecer a vida e elevar-se.
Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e de interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz , no aperfeiçoamento indespensável.




Enmanuel


Do livro Pão Nosso
Francisco Cândido Xavier.

MÃE CANSADA



MÃE CANSADA

Mãe cansada, que sempre dorme quando canta para o filho dormir
Não tem tempo para se alimentar quando o filho quer mamar.
Mãe que brinca com lágrimas num rosto feliz
E é sempre mãe, professora, amiga, aprendiz!
Que não guarda o choro nem a dor quando o filho vai partir
para bem longe vai seu coração, mundo afora!
Ela sabe que chegou a hora...
Sua emoção vai disparar sempre que o filho voltar!
E quantas horas de sono perdidas quando ele sair!
Sofre calada, não reclama
mas quando o filho bate à porta, seu coração inflama
seus olhos brilham e então dorme seu sono de paz!
E assim, toda uma vida se faz!
Assim, só pode ser você, mãe!

Feliz dia das mães!!

EXISTENCIA


EXISTENCIA

Não cantarei a sorte, nem maldirei a morte
não gritarei Paz
nem direi: homens para trás... não se matem
Não tentarei eregir casa, porque um dia terei asas
e voltarei ao que era...
Não falarei da bomba, nem lamentarei
mais um corpo que tomba;
Não lançarei novas idéias
porque muitas dúvidas virão ee novas dúvidas
mais guerras trarão e com novas guerras
muitos idiotas morrerão, com novas mortes
mais pessoas chorarão e se todos morrerem
não haverá ninguém a chorar por ninguém
e tudo virá a ser o que era antes...
Serei talvez o aço que fere
ou a mão que diz espere, a alguém que parte...
terei apenas do dom de ser e não existir
e nada hei de sentir, serei perfeita
porque nada terei feito
haverá em meu lugar, apenas o vácuo,
imenso, frio, inexistente ao dizer
gritar, onde está você, seu demente?

GLÁCIA DAIBERT

EM SILÊNCIO


EM SILÊNCIO

"Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos do
Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus." - Paulo. (EFÉSIOS, 6:6.)




Se sabes, atende ao que ignora, sem ofuscá-lo com a tua luz.

Se tens, ajuda ao necessitado, sem molestá-lo com tua posse.

Se amas, não firas o objeto amado com exigências.

Se pretendes curar, não humilhes o doente.

Se queres melhorar os outros, não maldigues ninguém.

Se ensinas a caridade, não te trajes de espinhos, para que teu contacto não dilacere os que sofrem.

Tem cuidado na tarefa que o Senhor te confiou.

É muito fácil servir à vista. Todos querem fazê-lo, procurando o apreço dos homens.

Difícil, porém, é servir às ocultas, sem o ilusório manto da vaidade.

É por isto que, em todos os tempos, quase todo o trabalho das criaturas é dispersivo e enganoso. Em geral, cuida-se de obter a qualquer preço as gratificações e as honras humanas.

Tu, porém, meu amigo, aprende que o servidor sincero do Cristo fala pouco e constrói, cada vez mais, com o Senhor, no divino silêncio do espírito...

Vai e serve.

Não te dêem cuidado as fantasias que confundem os olhos da carne e nem te consagres aos ruídos da boca.

Faze o bem, em silêncio.

Foge às referências pessoais e aprendamos a cumprir, de coração, a vontade de Deus.


EMMANUEL

Do livro: Vinha - de - Luz
Por Francisco Cândido Xavier

Doações


Doações

Não digas possa existir alguém sem necessidade de ti.
Precisamos dos outros, tanto quanto outros se valem de nós.
Os doentes te pdem amparo e companhia.
Os fracos te requisitaram apoio.
Os tristes procuram em tua presença essa ou aquela migalha de alegria.
Os injuriados te esmolam simpatia e defesa.
Os infelizes contam com a força de tua proteção e consolo.
Os companheiros abastados aguardam inspiração de tua influência.
As vítimas da penúria te rogam assistência e socorro.
Os agressores te solicitam desculpa e esquecimento.
Os amigos te reclamam solidariedade.
Os adversários te requisitam entendimento.
As crianças te pedem segurança e carinho.
Com todos aqueles aos quais possas doar algo do que tenhas ou algo do que sejas, para que as tuas dádivas não se percam na esterilidade da incompreensão, não te esqueças de envolvê-las em teu amor na embalagem da paciência.

Extraído do Livro: Palavras do Coração
Médium: Francisco Cândido Xavier
Espírito: Meime