De verso em verso
De verso em verso a língua dribla o silêncio
o mais notável dos abstratos.
Retrato da vizinhança mais próxima; solidão.
No reverso de palavras soltas ao vento
que leva o som ao pensamento
eleva querer a desejo, desejo a sonhos
sentimentos de vida enquanto vivo o ser.
De passe em passe a dança nasce
olhos se olham num mergulho só
o espaço resume-se num
a febre uma só, o instante de dois
do calar da música ao falar em gestos
e os toques ditam as regras
olhos nos, olhos de vento em tempo
de versos não falados, os lábios
quebram silêncio sem argumetos.
Sérgio Silva
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